Aliado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o senador Renan Calheiros (MDB-AL) será o líder da Maioria no Senado Federal. O martelo foi batido nesta sexta-feira (10/2) e o nome do parlamentar já consta no sistema interno da Casa.
Calheiros comandará o maior bloco partidário dos senadores. Além do seu partido, MDB, as siglas do União Brasil, Podemos, PDT, PSDB e Rede integram o grupo. Ao todo, são 31 congressistas das legendas que fazem parte da base do governo de Lula no Senado.
A definição do nome de Renan Calheiros aconteceu após a reeleição de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência da Casa e depois de brigas internas entre dois blocos.
Nas últimas semanas, dois dos maiores grupos da Casa acusaram um ao outro de romper acordos firmados. Em 3 de fevereiro, o senador de Alagoas chegou a fazer críticas em seu Twitter sobre um “fogo amigo” entre os grupos.
“MDB e UB [União Brasil] foram furados pelo Diário do Congresso com o bloco PT/PSB e PSD, que iria pra liderança da maioria. As negociações envolviam um único bloco. A alternativa ao fogo amigo foi criar outro bloco com 31 senadores (MDB, UB, Podemos, PDT, PSDB e Rede), já publicado.
Tocar o barco
A insatisfação do MDB e União Brasil ocorreu após a definição dos blocos partidários. O partido emedebista ficou de fora do bloco do PT. Com isso, os três partidos formarão o segundo maior bloco da Casa, com 28 dos 81 senadores. Ao Metrópoles, Renan Calheiros afirmou que o desentendimento foi “superado”: “Agora, é tocar o barco”.
Além dos dois blocos partidário do Senado, ainda há a união entre PL, PP e Republicanos. Considerados de oposição, a a minoria é liderada pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI).
O novo líder também comemorou a liderança e afirmou que trabalhará para estar à altura das expectativa: “Quero continuar a fazer a minha parte e colaborar para que a Maioria no Senado esteja à altura das expectativas que o Brasil tem em todos nós”, disse ao Metrópoles.