Fabricar um iPhone 14 Pro custa US$ 464 para a Apple, estimou um relatório da empresa de pesquisa de mercado Counterpoint Research divulgado na última semana. A análise responde uma dúvida comum entre adeptos de produtos da maçã e o público em geral.
O custo indicado é 3,7% maior do que o do modelo anterior, o iPhone 13 Pro. O valor, que na conversão direta do dólar representa R$ 2.398, se refere ao modelo de 128 GB do celular premium da maçã, vendido no Brasil por R$ 9.499.
Entre as categorias que ajudaram a elevar os gastos, estão a tela, o processador e a câmera, trio que recebeu um upgrade significativo, sobretudo nos modelos Pro e Pro Max. Por outro lado, aspectos como os componentes necessários para viabilizar a rede 5G ficaram mais em conta, o que ajudou a equilibrar o investimento total.
A conta que resultou em mais de US$ 460 levou em consideração a lista de materiais combinados que a marca utiliza na fabricação do modelo em questão. Ou seja, são considerados componentes e peças que integram a produção de um único aparelho, entre sensores fotográficos, display e chipsets.
A pesquisa também constatou que é preciso investir US$ 474 para criar um iPhone 14 Pro Max com tecnologia mmWave. Outra variante do telefone premium, desta vez com rede sub-6 GHZ, custaria US$ 454 à gigante de Cupertino. No câmbio de hoje, o custo de produção dos aparelhos ficaria por volta de R$ 2.449 e R$ 2.346, respectivamente.
Para além de valores, a Counterpoint se empenhou em comparar as duas últimas gerações do iPhone Pro para criar parâmetros de análise. No processo, ela constatou que o processador A16 Bionic, usado no dispositivo mais novo, custa US$ 11 (R$ 56) a mais do que o antecessor A15 Bionic. Não à toa, a categoria de processamento abocanha 20% do custo de materiais.
Juntos, os elementos do desempenho, a tela e a câmera somam 51% do valor de produção do iPhone 14 Pro. O número cresceu cerca de 4% em relação ao iPhone 13 Pro, que registrou gastos mais expressivos com componentes em 2021.
Como é possível observar, a distinção entre uma geração e outra não alcança uma margem elevada. O último aumento significativo foi observado no upgrade da família do iPhone 11 para o iPhone 12, que atingiu a marca de 26%. A elevação se deve ao investimento em componentes compatíveis com a linha 5G, que foi inaugurada na empresa naquele ano.
Vale lembrar que a pesquisa avalia gastos exclusivamente com a produção dos celulares, mas eles ainda dependem de mão de obra para a montagem, investimentos em divulgação e outros aspectos que podem somar ao valor final.