Momentos antes de ser conduzido à presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), o deputado estadual Luiz Gonzaga (PSDB) falou com o ContilNet na manhã desta quarta-feira (1).
Os deputados vão eleger a mesa diretora após a solenidade de posse. Gonzaga reafirmou que o fato de integrar a base do governador Gladson Cameli, na Aleac a sua presidência não será “um puxadinho do Palácio Rio Branco”, como insinuam setores da oposição.
Gonzaga lembrou que o presidente que ele vai suceder, Nicolau Júnior (Progressistas), que presidiu o Poder Legislativo nos últimos quatro anos, jamais permitiu que a Assembleia se comportasse com subserviência ao Governo.
“Para se ter uma ideia, o deputado Nicolau Júnior era cunhado do governador e, no entanto, a Aleac se posicionou, vetando projetos do Executivo, além de derrubar projetos e vetos que os deputados entenderam como necessários ao aparelhamento do Estado e de políticas públicas”, disse o futuro presidente.
Essa postura de independência, embora harmônica, segundo o deputado, vai continuar. “Muitas pessoas compreendem que, para haver independência, é necessário ter briga. Nós vamos trabalhar mostrando que é possível ter independência com harmonia e paz”, afirmou.
Sobre a indicação da deputada Michelle Melo (PDT) como líder do Governo, Luiz Gonzaga disse que a expectativa é a melhor possível. “Ela foi vereadora e demonstrou capacidade, que verbaliza e mostrou que sabe legislar e fiscalizar. Não tenho dúvidas de que será uma grande líder”, afirmou.
Luiz Gonzaga disse ainda que os deputados de oposição, embora em minoria, terão espaço para atuar. “A oposição, em qualquer parlamento, é fundamental para equilibrar o Poder”, acrescentou.
Quanto à participação de deputados de oposição na mesa diretora dependerá deles próprios. “O deputado Edvaldo Magalhães foi convidado a participar da mesa diretora mas declinou do convite”, disse. Magalhães foi reeleito pelo PCdoB.
Em relação à qualidade da legislatura que se inicia hoje, a 16ª da história da Aleac, Luiz Gonzaga disse que a expectativa é de que seja bem melhor. “Diziam que a legislatura passada era fraca, mas 12 deputados se reelegeram, dois foram eleitos deputados federais e só não foi reeleito o que saiu para o Senado (Jenilson Leite, PSB) e o que não concorreu (Jonas Lima).
Uma minoria não foi reeleita, muito mais por problemas de legendas do que por outros motivos, de forma que considero a legislatura que está se encerrando como vitoriosa e que está que se inicia hoje será bem atuante e vitoriosa”, disse.