O Poder Judiciário de todo o país está em ebulição e vivendo dias muito parecidos com os que vivem os demais poderes, o Legislativo e o Executivo, em períodos anteriores a pleitos eleitorais. Embora não haja eleições para cargos no Judiciário, o poder está se movimentando políticamente.
É que,vpara 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem direito à indicar pelos menos um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e outros 15 do Superior Tribunal de Justiça ( STJ), além de pelo menos duas dezenas de cargos de desembargadores nos tribunais regionais da Justiça Federal.
Como os cargos são e livre nomeação do presidente da República, carecendo apenas do referendo do Senado Federal, a mobilização é dos que desejam ser indicados e também dos que querem ser indicadores dos futuros nomeados.
Sites de notícias especializados em bastidores e de notícias do Judiciário informam que, a partir de Brasília, os mimistros Gilmar Mendes e Nunes Marques, do STF, são os que mais se movimentam em relação a possíveis indicados, cujos cargos, embora sejam no Judiciário, acabam tendo um viés absolutamente politizado.
Em todos os estados do país há candidatos à indicação. No Acre, o procurador de Justiça Sammy Barbosa, ex-procuradir chefe do Ministério Público do Estado e doutorando em Direito, em Coimbra, Portugal, já concorreu a um desses cargos ainda no Governo de Dilma Rousseff, mas não obteve êxito.
O ministro do Supremo a ser subsuído ainda no primeiro semestre deste ano é Ricardo Lewandoski, que completa 75 anos e será alcancado pela aposentadoria compulsória. Ainda em seu primeiro ano de mandato, Lula também deve indicar o substituto da ministra Rosa Weber, atual presidente do STF, que deve se aposentar também lei da compulsória.
Em Brasília, não é segredo para ninguém que para a vaga de Lewandoski, Lula deve indicar o advogado Cristiano Zanin, que o defendeu em todo o processo da Lava Jato e o livrou de todas as condenações.