O caso foi registrado em Maués, município do interior do Amazonas, no último dia 7 de fevereiro mas desde então tem revoltado a sociedade brasileira: as médicas Beatriz Almeida e Sofia Rodrigues Gonçalves zombam dos gritos de um paciente, aparentemente uma criança, de dor e desespero dentro de um hospital público do município amazonense.
Rindo, as médicas conversavam, entre si e diziam que os gritos de desespero do paciente parecia coisa de “exorcizado”. O tom reprovável da falta de empatia das médicas com o desespero do paciente pode ser sentido no áudio de um vídeo gravado e divulgado pelas próprias médicas, em redes sociais.
As duas foram demitidas pela Prefeitura local após a repercussão negativa do caso. O caso veio à tona inicialmente através de reportagem do Jornal do Amazonas, transmitido pela Rede Amazônica de Televisão, afiliada da Rede Globo de Televisão, e teve repercussão nacional imediata. Os vídeos que permitiriam a denúncia foram publicados em redes sociais pelas próprias médicas, em tom de gozação, zombando do paciente.
Na gravação, uma das profissionais compara os gritos de uma criança no hospital com o de uma pessoa sendo “exorcizada”. Em nota, a Prefeitura de Maués disse considerar a situação “lamentável” e afirmou repudiar qualquer postura antiética e desumana dos profissionais de saúde. O Conselho Regional de Medicina do Amazonas (CRM-AM) informou vir apurando o caso.
As duas médicas trabalhavam no Hospital Raimunda Francisca Dineli da Silva, em Maués. Elas parecem durante o trabalho fazendo uma brincadeira com a situação do paciente, que pode ser ouvido ao fundo gritando, aparentemente, desesperado ou com dor. A criança aguardava atendimento após ter sido atingida por um raio.
“Parece coisa de exorcizado”, disse uma delas, rindo, em vídeo gravado e divulgado pelas próprias médicas; paciente era uma criança atingida por um raio e foi fazer o atendimento e comparam a situação do paciente à de uma pessoa sendo exorcizada.