Uma psicóloga foi resgatada pela Polícia Militar de Goioerê, no noroeste do Paraná, nessa segunda-feira (20/2), depois de permanecer por dois dias em cárcere privado. Ela contou que sofria agressões físicas e, sob ameaça do companheiro, era obrigada a ingerir remédios que a deixavam dopada, situação que ocorria com frequência.
Ela enviou uma mensagem por aplicativo a um número privado de um policial e relatou que precisava de ajuda pois sofria agressões, estava trancada e era dopada com remédios pelo homem – veja abaixo a mensagem.
No texto, a mulher alertou que, se um policial aparecesse com farda, o companheiro iria matá-la pois tinha uma arma dentro de casa. Por isso, pediu a presença de uma mulher sem a farda da PM e que, para não levantar suspeitas do agressor, a policial deveria tratar sobre uma consulta com a psicóloga.
Com o pedido de ajuda, a Polícia Militar acionou uma equipe do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) para fazer as negociações e dos profissionais da Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam).
Assim que a vítima viu as equipes, conseguiu sair da casa e foi até os policiais. A partir daí, a Polícia Militar, o Bope e a Rotam entraram na residência e abordaram o homem, que foi detido.
Dentro da residência foram encontrados dois canivetes que a mulher disse serem usados para frequentes ameaças, remédios que seriam utilizados para dopar a vítima, e um celular.
A mulher foi encaminhada a uma unidade de saúde para a realização de um laudo médico e o homem foi autuado em flagrante por violência doméstica e cárcere privado. A Polícia Civil investiga o caso.
Veja abaixo o texto enviado pela vítima ao policial:
“ PRECISO DE AJUDA, NÃO POSSO FALAR MUITO. ESTOU SOFRENDO AGRESSÕES FÍSICAS, ELE ME TRANCA E DOPA. NÃO POSSO TRABALHAR. PORÉM SE APARECER ALGUÉM FARDADO ELE ME MATA, FIZ ELE QUE TEM UMA ARMA DENTRO DE CASA. PODERIA VIR UMA MULHER POLICIAL SEM FARDA E ME CHAMAR. TENHO C MERA ENTÃO O CARRO DA POLICIA NÃO PODE APARECER. NÃO RESPONDA ESSA MSG. ELE ESTÁ SUPER AGRESSIVO. SE ELE DESCONFIAR ELE ME MATA. SOCORRO!, DIGA QUE VEIO CONVERSAR SOBRE UMA CONSULTA”.
O texto está no Boletim de Ocorrência registrado nesta segunda-feira, 20, quando a mulher foi libertada.