A sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Acre desta terça-feira (28), trouxe um embate entre os deputados Edvaldo Magalhães (PCdoB), oposição e Afonso Fernandes (PL), que faz parte da base governista.
Ao tratar sobre os cadastros de reserva dos últimos concursos públicos do Estado, Afonso defendeu o governador Gladson Cameli e declarou que a equipe de gestão do governo está trabalhando para resolver a questão. Porém, o parlamentar disse que o problema é culpa dos governos petistas, que governaram o Acre durante 20 anos, e aproveitou para criticar a gestão do ex-governador Tião Viana.
“O Gladson recebeu uma herança indigesta: salário de servidores atrasados, o Estado acima do limite prudencial, suas assessoria mandadas pra casa sem receber suas decisões e esse mesmo problema tratado aqui hoje [cadastros de reserva], foi herdado em abundância”, disse.
Em contrapartida, o deputado Edvaldo Magalhães decidiu retrucar a fala de Afonso e expôs o colega de parlamento, que apesar de criticar a gestão de Tião, esteve presente no governo durante os mandatos do ex-governador petista.
“Se tem uma coisa que a gente não pode ser nessa vida é ser ingrato. Vossa excelência se empanzinou durante o governo do governador Tião Viana. E vossa excelência vem aqui, falar do governo do Tião. É no mínimo ingratidão. Não dá para falar de corda na casa de enforcado”, disse o comunista.
Sobre o atraso de salários atrasados, Edvaldo declarou que Afonso teria participação em empresas que estariam atrasando salários no governo Cameli.
“Vossa excelência falar de salários atrasados? Os terceirizados das empresas que vossa excelência tem atuação estão reclamando no Acre todo de atrasos. Eu sou daqueles que quando come em um prato, não deve nunca esquecer o bocado que comeu”, comentou.
Edvaldo finalizou fazendo um alerta ao governador Gladson Cameli: “Se você é ingrato com um, certamente será ingrato com outro. Portanto, toma cuidado Gladson com os aliados que você têm, disse.