Bloqueios de bens que incluem um avião, além de veículos, imóveis, e ações títulos do tesouro nacional e cédulas de crédito imobiliário em valores que podem ultrapassar os R$ 40 milhões foram indisponibilizados no Acre na manhã desta sexta-feira (10) numa operação das Forças de Segurança que atuam-no Estado sob o comando da Superintendência Regional da Polícia Federal.
Foi a deflagração da Operação Hard Rock, que cumpriu 26 mandados judiciais contra Organização Criminosa voltada para a lavagem de capitais decorrente do tráfico de drogas. Foram quatro mandados de prisão de prisão preventiva e 17 de busca e apreensão, além dos mandados de sequestro de imóveis, veículos automotores, avião, bloqueio de valores em contas de 20 investigados e indisponibilidade de investimentos em ações e outras operações com títulos do tesouro nacional e cédulas de crédito imobiliário. As ordens judiciais foram expedidas pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas de Rio Branco.
Os recursos e os bens, de acordo com a Polícia Federal, têm origem no tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro de organização criminosa. Ainda de acordo com a Polícia Federal, a operação de hoje é decorrente do trabalho policial iniciado em 2021.
As investigações revelaram um complexo esquema de lavagem de dinheiro oriundo do comércio de entorpecentes, movimentando centenas de milhões de reais. A operação foi deflagrada em 13 cidades de oito estados, além do Acre. O nome da operação faz referência ao apelido do principal investigado.
A investigação foi conduzida pela Força-Tarefa de Segurança Pública, composta pela Polícia Federal, Polícia Civil e Polícia Militar e contou com a participação de 86 policiais no cumprimento dos mandados.
Os envolvidos poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa, cujas penas, se condenados, podem ultrapassar a 33 anos de prisão. A Polícia Federal dará mais detalhes sobre a operação numa coletiva de imprensa prevista para às 9 horas, na sede da Superintendência local da PF, na Cidade da Justiça.