Número de infartos aumenta entre jovens no Acre, e médico faz alerta

A frequência de infartos na população de Rio Branco vem causando preocupação nas emergências hospitalares. A ocorrência de infartos fulminantes entre pessoas de 20 a 40 anos é considerada anormal, e as causas estão relacionadas a diversos fatores como sequelas da Covid-19 e o sedentarismo.

O médico cardiologista do estado, doutor Rodrigo Gonçalves de Azevedo, confirma uma preocupação com os casos que atingem a população jovem do Acre.

Rodrigo Gonçalves é cardiologista/Foto: Reprodução

“A faixa etária que a gente está vendo esse aumento é entre os 23 aos 40 anos, mais ou menos. Até essa idade é anormal. Agora normal, se é que se pode usar essa palavra, é quando se é idoso, com comorbidades. Até os 40 anos, teoricamente, a pessoa é bem ativa, não costuma ter pressão alta, diabetes, nessa faixa etária o infarto é considerado anormal”, explica o cardiologista.

As lesões pós Covid-19 também são um dos fatores para o aumento incomum desses casos, lembra o médico, além de outros fatores relacionados a hábitos de vida. “A lesão do Covid, os hábitos de vida, como o aumento do uso de cigarro eletrônico, o uso desenfreado de bebidas alcoólicas e substâncias ilícitas, consumo de alimentos gordurosos, fatores genéticos, baixa adesão à atividade física, são todos fatores que favorecem ao infarto nessa idade”.

Para diminuir o risco à saúde, o Dr. Rodrigo Gonçalves recomenda ir na contra mão destes maus hábitos. “A precaução é ir na contramão dos fatores de risco. Temos que ter uma alimentação balanceada, hábitos de vida saudáveis, atividades físicas. Em caso de comorbidades como pressão alta ou diabetes, precisamos buscar controlar elas. Precisamos fazer nossos exames cardiológicos com periodicidade”.

Em caso de sintomas como dor no peito, falta de ar, dores que se prolongam pelo braço esquerdo, mandíbula ou tórax superior, que aumenta durante esforço físico, o médico recomenda ao paciente buscar a urgência do Pronto-Socorro.

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