Prefeitura no Acre causa revolta ao lançar processo seletivo para professores com salário abaixo do piso

A Prefeitura de Marechal Thaumaturgo divulgou um edital de processo seletivo simplificado para cadastro de reserva para contratação temporária e nele, há o valor da remuneração para professores, que segundo a classe, está abaixo do piso salarial.

Além dessa reivindicação, um professor em contato com a reportagem do ContilNet, uma outra demanda existente é com relação ao Plano de Cargo, Carreira e Remuneração (PCCR), que, segundo o professor, não querem aprovar de acordo com o piso.

Com isso, o vereador Arlen José de Lima Alves, que também é professor, enviou um ofício ao secretário do município para rememorar o piso salarial dos professores de Marechal Thaumaturgo, com carga horária de 30 horas. No documento, enviado à reportagem do ContilNet, o vereador fala que é “lamentável a proposta ora publicada através do edital 001/2023, pois representa um retrocesso às conquistas dessa classe profissional, que presta um serviço necessário e tão importante para a constituição de uma sociedade mais justa”, diz.

Além disso, o vereador destaca que os professores da rede municipal vêm a quase dois anos aguardando a ação de reformulação do PCCR, e consequentemente atualização de seus vencimentos conforme o novo piso nacional.

O prefeito do município Valdélio Furtado explicou ao ContilNet que a questão do piso salarial está sendo trabalhada em uma comissão que foi montada. Já o PCCR, consta o valor que está publicado no edital, que é de R$1.791,45.

Um dos professores residentes do município falou ao ContilNet que “a categoria de professores de Marechal Thaumaturgo está cada dia mais indignada com a postura do gestor frente a classe. A prefeitura de Marechal Thaumaturgo não paga o piso para os professores, uma das alegações é que eles já pagam o piso, mas isso é uma mentira. Os professores que recebem acima do piso, são profissionais que têm anos de carreira”, explicou.

Além disso, o professor também disse que o salário com carga horária de 40 horas, com salário de R$1.700, “é uma vergonha para a gestão. Sabemos que todo ano vai aumentando o recurso do Fundeb”.

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