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Acre registra recorde de mortes violentas nos primeiros meses de 2023

Por Tião Maia, ContilNet

Veículo do IML. Foto: ContilNet

Divulgados nesta sexta-feira (17), os dados do Observatório de Análises Criminais do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) que revelam que as mortes violentas, aquela em que o agente demonstra a intenção de matar, aumentaram, neste início de 2023, em 37,5% em relação ao igual período de 2022.

Nos três primeiros meses ano, mesmo que março ainda não tenha chegado ao fim, já foram registradas 33 mortes violentas.

De acordo com o NAT (Núcleo de Apoio Técnico) do MPAC, das 33 mortes, 14 foram (42%) decorrentes da disputa entre facções em todo o estado. A briga entre facções, em 2017, fez com que o Acre atingisse o topo, em nível nacional, das estatísticas, com 85% – a taxa nacional na época era em torno de 27% para cada grupo de 100 mil pessoas.

Em 2018, essa taxa caiu em 30% e no seguinte, uma nova queda em relação ao ano anterior, de 22%. No ano seguinte, no primeiro ano do coronavirus, a taxa continuou em queda, embora menor: 4,3%. Em 2021, segundo ano da pandemia, a taxa de homicídios por mortes violentas, no auge do “fique em casa”, a queda foi acentuada: 48%.

Ano passado, as taxas continuaram caindo e ficaram em 9%, mas no início de 2023 voltaram a crescer, com índice de mais de um assassinato a cada três dias.

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