Acre segue liderando ranking de violência contra mulheres, diz fórum brasileiro

O número de violência contra a mulher obteve um número histórico em 2022. 18,6 milhões das mulheres foram vítima de algum tipo de violência ou agressão, de acordo com a pesquisa “Visível e Invisível – a Vitimização de Mulheres no Brasil” – do Fórum Brasileiro de Segurança Pública e do Datafolha.

A maioria das mulheres tinham filhos, cerca de 57,7%. Houve uma predominância maior entre as mulheres negras, 65,6%, em comparação às mulheres brancas, 29%. As idades com maior porcentagem foram entre 16 a 24 anos, 30,3%.

No Acre esses números também são assustadores, comparado a proporção social.

O estado liderou o ranking nacional de feminicídios por quatro anos. De 2018 a 2020 foram 98 mulheres assassinadas e 37 delas foram mortas por feminicídio, segundo dados do Observatório de Análise Criminal do (NAT/MPAC).

No ano de 2021, a análise apontou 1,2% dessas mortes a cada 100 mil mulheres, enquanto no Acre esse número chegou a ser de 2,6% em relação à média nacional. Foram registradas 29 mortes homicídios dolosos, e um aumento de 12 para 13 feminicídio por ano.

De 2018 a 2022 se obteve um total de 54 feminicídios e 54 homicídios contra mulheres, em quatro anos houve um total de 179 mulheres.

Na última quarta-feira (1), o governo do Estado assinou um acordo de cooperação com o Instituto Avon para a implementação do Programa Acolhe, que visa garantir suporte e acolhimento para mulheres vítimas de violência, garantindo hospedagem em hotéis, alimentação e assistência.

Cerca de 30% de mulheres que sofreram algum tipo de agressão e mais da metade passou por algum tipo de assédio sexual no ano passado. De acordo com dados do Mapa da Violência 2019, elaborado pelo Instituto IPEA, entre 2007 e 2017, o número de homicídios de mulheres aumentou em 30,7%, passando de 3.937 para 5.133 casos por ano.

A última pesquisa realizada entre abril de 2020 e março de 2021 obteve um crescimento de 4,5 pontos percentuais. Em todo tipo de violência houve uma piora, até entre os xingamentos, humilhações e insultos.

Em 2021, 24/4% sofreram algum tipo de violência ou agressão, subindo para 28,8% em relação ao ano passado. Houve um aumento considerável enquanto a amedrontamento ou perseguição, saindo de 7,9% em 2021 e subindo para 13,5%.

O enfrentamento da violência contra a mulher requer políticas públicas efetivas, que possam promover a prevenção, a proteção e a garantia dos direitos das mulheres. Em 2022 houve a menor alocação de orçamento para o enfrentamento da violência contra mulheres em um década, diz nota técnica produzida pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc).

Saber identificar a violência é importante, e em muitas situações uma ofensa ou a tortura do silêncio é uma violência psicológica desgastante de dentro para fora. A violência psicológica contra a mulher é uma forma de abuso que pode ter consequências graves e duradouras, pode incluir ameaças, humilhações, isolamento social, controle financeiro, chantagem emocional, entre outras táticas de controle.

O agressor pode controlar as atividades da mulher, impedindo-a de manter contato com amigos e familiares. A violência psicológica pode levar a problemas de saúde física, como: hipertensão arterial, doenças cardíacas e problemas gastrointestinais. Podendo acontecer de várias maneiras, incluindo: desvalorização, humilhação da mulher, manipulação, chantagem emocional, intimidação, ameaças, difamação pública e calúnia.

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