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Bocalom lembra projeto de Bittar e diz que pessoas que perderam tudo agora são as mesmas de outras enchentes

Por Tião Maia, ContilNet

Prefeito Tião Bocalom com os ministros Marina Silva, Waldez Góes e o governador Gladson Cameli/Foto: ContilNet

O prefeito Tião Bocalom disse, na manhã deste domingo (26), que gostaria de receber os ministros Waldez Góes e Marina Silva, respectivamente ministros da Integração Regional e do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, assim como outros enviados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em condições melhores do que a que está sendo enfrentada pela população da Capital. “É realmente um momento muito difícil para todos nós”, disse o prefeito agradecer atenção dispensada pelos dois ministros e pelo próprio governo federal

O prefeito agradeceu também o Governo Federal pelo reconhecimento de estado de emergência na Capital do Acre, segundo foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União do sábado (25). Bocalom lembrou que o senado Márcio Bittar (União Brasil) é autor de uma proposta que visa sanear o igarapé São Francisco e o próprio rio Acre a fim de sanar o problema ou ao menos minorar os problemas que vem ocorrendo praticamente todos os anos. “As pessoas atingidas e que perderam praticamente tudo agora são praticamente as mesmas que foram atingidas em alagações anteriores, de forma que o problema requer uma ação concreta para por fim a isso”, disse Bocalom. “De maneira que aquele projeto do senador Márcio Bittar, que visa por um fim no problema, precisa ser desengavetado”, afirmou.

O prefeito disse ainda que recebe os ministros num momento de muita tristeza por conta do sofrimento da população mas afirmou estar muito esperançoso porque entre os acreanos está a ministra Marina Silva, que é de Rio Branco e que conhece bem de perto o flagelo do que é ser desabrigado. “A ministra já ajudou muito o Acre e vai nos ajudar muito mais agora, eu tenho certeza disso”, afirmou Bocalom.

O prefeito fez questão de comunicar aos ministros que, apesar das dificuldades enfrentadas na Capital, não foi registrada ainda nenhuma vítima fatal. “Aquilo que é perda material, nós, juntos, município, Estado e governo federal, vamos correr atrás. Oque é material a gente consegue repor e vamos preparar o recomeço dessas famílias. Se houvesse perdas de vida, nossa tristeza seria ainda maior porque a perda de vida é irreparável”, disse.

De acordo com o prefeito, Rio Branco nunca teve um aumento tão grande dos igarapés como teve agora. “São dois eventos diferentes, o do rio Acre e dos igarapés que cortam Rio Branco”, disse o prefeito.

Bocalom relatou aos ministros e ao governador, após consultar o tenente-coronel Claudio Falcão, coordenador da Defesa Municipal, que nível do Rio Acre continua subindo. O último boletim de monitoramento, divulgado às 06h deste domingo, antes da chuva torrencial sobre a cidade nesta manhã as águas marcam 16,42 metros.

De acordo com o relato, em Rio Branco 48 bairros foram atingidos e sete igarapés Do Almoço, Judia, São Francisco, Dias Martins, Batista, Fundo e Liberdade, estão todos transbordas e também todos desaguam no rio Acre.

Na Capital, até esta manhã, haviam 26 abrigos, sendo 14 estaduais e 12 municipais, com cerca de de 500 pessoas sendo assistidas. Números da Prefeitura estimam que o total de desabrigados pode chegar a duas mil pessoas estejam desalojadas. O total de pessoas atingidas pelas enchentes já chegam a 33 mil pessoas.

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