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Cheirar pimenta pode até matar, alerta médico; veja 5 coisas que você precisa saber

Por Istoé

Foto: Rede Social

A jovem Thais Medeiros de Oliveira, de 25 anos, foi internada em estado grave após cheirar pimenta em conserva. Ela teve um edema cerebral e segue em recuperação, em Anápolis, em Goiás.

Thais passou mal no dia 17 de fevereiro, enquanto almoçava na casa do namorado, quando levou o vidro ao nariz. Ela chegou a ficar mais de 20 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o caso surpreendeu pessoas de todo o mundo.

A pedido da IstoÉ, o médico Ronaldo Vasque, cardiologista, professor do Instituto Paulista de Treinamento e Ensino (Ipatre) e diretor do Hospital Santa Ana, listou o que é preciso saber sobre o assunto para evitar problema graves.

1. O que aconteceu?

Ao ter contato respiratório com os odores exalados pela substância, a paciente fez uma reação alérgica grave, com edema de glote, o que dificultou muito a chegada de oxigênio nos pulmões, para ocorrer a troca gasosa, o que causou uma importante diminuição de 02 no sangue e, consequentemente, nos tecidos e órgãos. Isso além de acumulo de CO2, o que causou, entre outras coisas, uma acidose respiratória.

Essas alterações, pelo comprometimento da adequada oxigenação nos órgãos, levou a uma parada cardio-respiratória, que foi revertida, mas consta que houve lesão hipoxêmica (falta de oxigênio) no sistema nervoso central (cérebro), que se alimenta basicamente de O2 e glicose. O cérebro não aguenta ficar muito tempo sem receber oxigênio numa proporção adequada e, quando isso ocorre, acaba desenvolvendo lesões, que dependendo da proporção, são irreversíveis.

2. Quais são as consequências?

Muitas podem ser as consequências sistêmicas, até o óbito, mas, na dependência da proporção da massa encefálica lesionada, poderão ocorrer lesões neurológicas irreversíveis.

3. Cuidado com o histórico

Pessoas alérgicas, ou com histórico familiar de alergia, precisam procurar um especialista para realizar exames específicos e identificar a que substâncias é alérgico.

4. Caso raro

Difícil fazer uma avaliação prognóstica do caso, mas, de uma maneira geral, situações que tiveram esses desdobramentos, são graves e raras.

5. Cuidado com as crianças

É da natureza que bebês em desenvolvimento, na sua fase oral, levem coisas à boca. De uma maneira geral, devemos tomar cuidado porque a boca também é uma importante porta de entrada para doenças e também de alergenos.

 

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