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Com 652 vagas a menos, Acre inicia 2023 com saldo negativo no emprego formal

Por Tião Maia, ContilNet

Foto: Reprodução

O ano de 2023 começou de forma nada boa para o mercado de empregos formais no Acre. O emprego formal é aquele de carteira assinada e pagamento de todas as garantias trabalhistas para o empregado, cujo mercado começou o ano de forma retraída, com pelo menos 652 vagas a menos.

É o que informa dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho. De acordo com o levantamento, o primeiro mês deste ano terminou com 3.633 admissões contra 4.285 desligamentos, com saldo negativo de 652 postos de empregos formais no Estado. Os números de fevereiro só serão divulgados nos primeiros dias de abril e assim sucessivamente a cada dois meses, por causa do tempo de pesquisas.

O que aconteceu em janeiro seguiu a tendência de dezembro de 2022, de acordo com os mesmos dados do Caged. Aquele ano terminou com queda de 795 vagas de emprego, a única retração do 2022. Dados concluídos para aquele o mês mostraram, na verdade, uma baixa de 826 vagas.

A queda do mês de janeiro de 2023 foi maior nos setores de serviços e comércio, com 386 e 332 perdas de postos, respectivamente. Dos cinco setores avaliados, apenas indústria e agropecuária tiveram saldo positivo no mês de janeiro no Acre, com 47 e 25 vagas, respectivamente.

A maior parte das pessoas contratadas tinha o ensino médio completo ou o ensino superior completo. Além disso, mais homens foram contratados no mês de dezembro. Da mesma forma, as demissões afetaram principalmente os empregados que tinham o ensino médio completo e também os homens.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada ou seja, não incluem os informais.

Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).

Os números do Caged são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar e abrangem também o setor informal da economia.

Dados divulgados pelo IBGE no fim do mês passado mostram que o mercado de trabalho acreano superou, ao final de 2022, o patamar pré-pandemia. A taxa média de desemprego no ano foi de 11,7%, o menor patamar desde 2016.

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