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Criação de Secretaria da Mulher no Acre é elogiada até por deputado de oposição ao Governo

Por Tião Maia

Durante a posse da delegada de polícia Márdhia El-Shawwa como secretária de Estado da Mulher numa solenidade na manhã desta quarta-feira (1), no auditório da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), o governador  Gladson Cameli (PP) e o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB), líder da oposição na Assembleia Legislativa, trocaram amabilidades. Ao ver o parlamentar entre a plateia do auditório da Fieac, o governador o agradeceu pelo voto a favor da criação da Secretaria de Estado da Mulher.

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A secretaria, assim como outros órgãos e cargos da administração estadual, foi aprovada por 23 dos 24 deputados estaduais, como lembrou a líder do Governo na Assembleia, deputada Michele Melo (PDT). O único voto contra a criação da Secretaria, ela lembrou, foi do deputado Emerson Jarude (MDB).

Também de oposição ao Governo, Edvaldo Magalhães, que tem seis mandatos como deputado estadual e é na atualidade o decano da Assembleia Legislativa, usou seu tempo na sessão de hoje para elogiar o Governo pela criação do órgão e enaltecer a posse da delegada Márdhia El-Shawwa no comando da Secretaria de Estado da Mulher. O parlamentar lembrou que sempre defendeu a criação da pasta para a implantação de políticas públicas voltadas às mulheres.

Edvaldo Magalhães afirmou que “fez questão de estar presente” na posse da secretária e por entender a dimensão da necessidade de implantação da pasta. O deputado disse que destina recursos para programas de enfrentamento ao crime contra as mulheres, inclusive.

Segundo o deputado, o único recurso de que a nova Secretaria dispõe para começar a trabalhar é de  R$ 1,5 milhão, que foi aprovado no Orçamento com a sua participação. “Fui autor aqui e disputei ferrenhamente na Comissão de Orçamento para garantir o único recurso que o Acre dispõe para iniciar um programa de acolhimento às crianças órfãs das vítimas de feminicídio. As crianças testemunham o crime e depois, por falta da alternativa de um lar, às vezes tem que conviver com o agressor”, destacou.

O parlamentar disse, ainda, que apresentou um projeto na legislatura anterior que criava o programa de políticas de apoio às crianças órfãs das vítimas de feminicídios. O projeto chegou a tramitar, porém, após um acordo entre os parlamentares, a proposta foi retirada para que um outro projeto do Executivo, considerado mais abrangente, fosse apreciado e aprovado.

“Nós aprovamos os recursos aqui e quando foram publicar o Orçamento sumiu, não estava em canto nenhum. O presidente da Comissão de Orçamento teve que ir lá, puxou as gravações do youtube e aí refizeram e os recursos estão alocados. As crianças vítimas do feminicídio vão receber um salário mínimo por órfão. É um programa inédito no estado do Acre”, lembrou.

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