Preso provisoriamente na Espanha, acusado de agressão sexual em uma boate espanhola no último ano, a vida de Daniel Alves ganhou novos capítulos desde que a modelo Joana Sanz indicou sua separação por meio de uma carta publicada no Instagram. O jogador estaria completamente abatido com a decisão e sem comer há dias no presídio. Em princípio, isso não muda a decisão da Justiça de mantê-lo preso até que o caso seja julgado. Não há prazo para que isso aconteça.
De acordo com o programa espanhol Cuatro al Día, o lateral-direito que jogou a Copa do Mundo do Catar, no ano passado, deixou de interagir com os demais detentos do presídio Brians 2, em Barcelona, e raramente deixa sua cela para o banho de sol. Desde que recebeu a notícia da separação, Daniel Alves passa a maior parte de seus dias sozinho e está, segundo fontes, “muito nervoso”.
Desde que foi preso, o jogador tem recebido visitas regulares. Entre estas a de, agora sua ex-mulher, Joana Sanz no último domingo. De acordo com a imprensa espanhola, Joana e o jogador teriam tido uma conversa frente a frente separados por um vidro. A modelo deixou a prisão séria e sem dar detalhes do que conversou com o jogador. Mas queria comunicar pessoalmente o atleta de sua decisão.
Na quarta-feira, a modelo publicou uma carta, escrita a próprio punho, na qual indica o término do relacionamento com o brasileiro. “Eu o amo e o amarei para sempre. Quem diz que um amor se esquece está se enganando ou não amou de verdade. Mas eu amo, respeito e valorizo muito mais a mim mesma. Perdoar alivia, então, fico com o mágico e encerro uma etapa da minha vida que começou no dia 18 de maio de 2015?, escreveu a modelo.
Joana e Daniel Alves estavam juntos havia sete anos. Em 2015, o casal começou a namorar, se casando dois anos depois em uma cerimônia privada em Ibiza.
CASO DANIEL ALVES
Daniel Alves teve a prisão decretada no dia 20 de janeiro. Ele foi detido ao prestar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.
A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona, na Espanha. O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a denunciante em um banheiro da área VIP da casa noturna, segundo o jornal El Periódico. Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do ocorrido.
A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos dEsquadra), que colheu depoimento da vítima. Uma câmera usada na farda de um policial gravou acidentalmente a primeira versão da vítima sobre o caso, corroborando o que foi dito por ela no depoimento oficial. A mulher também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.
Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar. No início de janeiro, o jogador deu entrevista ao programa Y Ahora Sonsoles, da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma boate que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia.
No depoimento, porém, de acordo com os meios de comunicação da Espanha, o atleta afirmou que esteve com a mulher, mas sem ato sexual. Posteriormente, admitiu ter feito sexo, mas alegou que a relação foi consentida. Segundo a rádio Cadena SER, imagens da vigilância interna do local confirmam que Daniel Alves ficou 15 minutos com a mulher no banheiro. Material coletado encontrou vestígios de sêmen tanto internamente quanto no vestido da denunciante. O Pumas, do México, anunciou que o contrato de trabalho de Daniel Alves com o clube foi rompido por justa causa. Daniel teve ainda negado pedido para responder o caso em liberdade. Ele pode ser condenado a dez anos de prisão.