Desemprego no país está estável com 9 milhões de pessoas sem nenhuma ocupação, diz IBGE

Dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (17), revelam que a taxa de desemprego no Brasil está estável em 8,4% e atinge 9 milhões de brasileiros. É a taxa de desocupação para o trimestre encerrado em janeiro e a estabilidade é em comparação com o período anterior, encerrado em outubro de 2022 — quando ficou em 8,3% —, sendo a menor para o período desde 2015.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad – Contínua) divulgada pelo IBGE. O número de desempregados no trimestre de novembro a janeiro somou 9 milhões de brasileiros, repetindo os números do período terminado em outubro. Na comparação anual, porém, totalizou menos 3 milhões de pessoas, quando havia 12 milhões de nessa condição.

A coordenadora da Pnad Contínua, Adriana Beringuy, acredita que a taxa estável ainda reflete menos busca por emprego. “Essa estabilidade seria uma repercussão da redução da procura por trabalho nos meses de novembro e dezembro de 2022 sobre o início de 2023”, apontou em texto publicado no site do IBGE.

O nível de ocupação, estimado em 56,7%, com 98,6 milhões de pessoas ocupadas, registrou redução de 1,0% (menos 1 milhão de pessoas) ante o trimestre anterior e alta de 3,4% (mais 3,2 milhões) no ano. “A taxa só não expandiu agora porque a pressão sobre o mercado de trabalho foi de estabilidade. No que dependesse da ocupação, o movimento seria de aumento nesse indicador”, informou o IBGE.

Ainda de acordo com o IBGE, o contingente de pessoas desalentadas — as que participam da força de trabalho potencial e gostariam de trabalhar, mas não buscaram trabalho por achar que não conseguiriam — atingiu aproximadamente 4 milhões no trimestre terminado em janeiro. O contingente é equivalente a um recuo de 5,3%, ou 220 mil pessoas, em relação ao trimestre encerrado em outubro de 2022.

O indicador apresentou também variação negativa (-16,7%) em relação ao mesmo período do ano anterior. Naquele trimestre eram 4,8 milhões de pessoas desalentadas. Os dados do IBGE apontam ainda que o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 36,8 milhões, mantendo estabilidade no trimestre e crescendo 6,5% (mais 2,3 milhões de pessoas) na comparação anual.

O número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas) ficou estável no confronto com o trimestre anterior e cresceu 4,7% (mais 262 mil pessoas) no ano.

A quantidade de empregos sem carteiras – os informais, foi de 13,1 milhões, ficando estável em relação ao trimestre anterior, mas cresceu 5,9% (725 mil pessoas) em relação ao trimestre de novembro de 2021.

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