Detentos que mataram colega de cela são levados à delegacia e ficam a disposição da Justiça

Os detentos do pavilhão J identificados como Gilsemberg, Wellington e Eduardo foram presos pelo crime de homicídio, na noite desta sexta-feira (10), no complexo penitenciário Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco.

Segundo informações de policiais penais, Eduardo Lopes Alves, de 31 anos, vulgo Zezinho, e Ocirlandio da Silva e Silva, 35 anos, e outro detento não identificado, estavam na cela quando outros presidiários invadiram o espaço e, em posse de estoques – facas artesanais -, desferiram oito golpes nas costas e mais um na axila esquerda de Eduardo que morreu na hora.

Durante a invasão, Ocirlandio também foi agredido e ficou ferido na região da cabeça. Um outro preso teve apenas escoriações e ficou no local. Ao verem o tumulto, os policiais penais abriram a cela 7 do pavilhão J e já encontraram os dois detentos sangrando e Eduardo estava sem vida, mesmo assim foi retirado da cela e colocado na área externa do pavilhão.

Os policiais acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que enviou duas ambulâncias ao presídio, sendo uma de suporte básico e outra de suporte avançado. Os socorristas da unidade básica fizeram os primeiros atendimento e encaminharam Orcilandio para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Baixada da Sobral.

Os policiais penais isolaram a área para o trabalho da perícia criminal. O corpo de Eduardo foi recolhido por agentes do Instituto Médico Legal (IML), para serem feitos os exames cadavéricos.

Os suspeitos de efetuarem o crime foram identificados como Gilsemberg, Wellington e Eduardo, e foram encaminhados para a Delegacia de Flagrantes (Defla), com os estoques apreendidos, para serem tomadas as medidas cabíveis. Ainda foram levadas uma outra vítima de agressão e duas testemunhas.

Ainda segundo a Polícia Penal, a motivação para o crime seria a dívida de R$ 1 mil e que todos os detentos envolvidos pertencem a mesma facção criminosa, o que no mundo do crime para esses presos se chama “cobrar o vacilo”.

O delegado da Defla ouviu todos os acusados, que ficaram novamente a disposição da justiça. Já a outra vítima e as testemunhas voltaram para o Presídio Francisco de Oliveira Conde.

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