O assessor especial do Clima do governo americano, Jonh Kerry, visitou o Brasil nesta semana e anunciou que os Estados Unidos poderá enviar mais de U$ 9 bilhões para o Fundo Amazônia.
Caso o projeto seja aprovado pela Câmara dos deputados dos EUA, a ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva, poderá comandar um valor bilionário e aplicar o recurso onde achar melhor.
Durante a coletiva após a reunião com Kerry, a ministra destacou o maior desafio em relação ao debate sobre as mudanças climáticas. “Como combater as consequências, os efeitos negativos, dessa mudança do clima sem que a gente venha a criar prejuízos em termos de ganhos econômicos, sociais, que melhorem a vida das pessoas”, disse Marina.
A Casa Branca sabe do desafio que será aprovar a doação bilionária para a Amazônia, já que o parlamento tem uma leve maioria de deputados de oposição ao presidente Joe Biden. Porém, entende que por se tratar de uma questão mundial, a cooperação com o governo brasileiro é mais que necessária.
“Sabemos que teremos uma luta para que seja aprovado. Então, também estamos trabalhando com pontos de desenvolvimento multilaterais, e suas reformas, e com o mercado de carbono”, disse Kerry durante a coletiva.
Kerry aproveitou para dizer que a convite da ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva, ele deve retornar ao Brasil nos próximos meses e visitar a Amazônia Brasileira.
“Estamos muito comprometidos em construir essa parceria, concordei em voltar ao Brasil nos próximos meses. Marina Silva disse que quer me levar para a Amazônia e eu concordei em passar um tempo lá, conversar com as pessoas e entender como podemos prosseguir juntos para ganhar esta batalha”, disse o enviado especial americano.
Há expectativa de que, por se tratar do Estado onde Marina nasceu e iniciou a carreira ambientalista e política, o Acre deva estar no itinerário da viagem da cúpula da Casa Branca à Amazônia.
Fontes próximas à Marina, disseram ao ContilNet, que ainda em 2023, a ministra irá retornar ao Acre em uma visita institucional. Por este motivo, é clara a possibilidade do governo americano conhecer a Floresta Amazônica do Acre, que é dono da área com maior biodiversidade do país.
Fundo Amazônia
O projeto tenta captar doações para investimentos em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento. A gestão do Fundo Amazônia é feita pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Porém, o projeto faz parte do Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática, chefiado por Marina Silva, que deverá traçar como os investimentos serão aplicados na prática. Em relação a isso, a ministra informou na coletiva que deseja que floresta tropical brasileira seja a maior favorecida pelo valor proposto pelos EUA.