Família de casal morto em acidente exige que empresa pague enterro e tem pedido negado

A família do casal acreano, Astrogildo Victor de Moura e Maria Alice Araújo Barros, vítimas do acidente de ônibus na BR-174, neste domingo (05), contou ao ContilNet que a empresa Matriz Transportes, responsável pela viagem, se recusou a custear os gastos com jazigo e sepultamento.

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Em uma conversa feita por Whatsapp, o representante da empresa diz que só pagará pelo transporte e pelo material do funeral. “A parte da empresa foi feita e está sendo feita, a Prefeitura aí [de Rio Branco], fornece o jazigo, a área pública”, disse.

Porém, o sobrinho de uma das vítimas, Íam Arábar, disse à nossa reportagem que nem o valor do material de funeral ainda foi pago pela empresa. “Fiz o orçamento em uma funerária aqui em Rio Branco, o valor foi de R$ 9 mil e eles se recusaram a pagar”, explicou.

Conversa entre o sobrinho da vítima e o representante da empresa

Na conversa, o sobrinho da vítima questiona a decisão tomada pela empresa. “Vocês se recusam a pagar a cova, porque de acordo com vocês, é bem imóvel, mesmo sendo uma sepultura que não pode ser negociada”, opinou.

Em nota, a empresa justificou que a decisão de adquirir terreno para o sepultamento das vítimas, não é de responsabilidade deles e chama o transporte dos corpos de “cortesia”.

“A empresa contratou uma funerária para preparar os corpos, comprou roupa, fez tudo que podia ser feito, inclusive o transporte do local do acidente até Rio Branco. A empresa gastou R$ 25 mil de funeral. Sobre o terreno para enterrar, isso é responsabilidade da família. A empresa não interfere, ela não pode nem escolher o lugar de enterrar e muito menos adquirir imóvel para poder enterrar a vítima. E nós já cumprimos o nosso compromisso, como cortesia, até em levar os corpos para a cidade de Rio Branco”, declarou o representante da Matriz.

A nota diz ainda que a empresa prestou todo socorro de imediato e que o motorista estaria correto em relação ao acidente.

“O ônibus está correto no acidente, na via certa e na velocidade certa. O ônibus não tem nem 6 meses de uso, um veículo novo. Estava fazendo tudo dentro das leis de trânsito e aconteceu a fatalidade”, finalizou.

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