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Imagens mostram as joias de R$ 16 milhões em detalhes

Por G1

Relógio da marca Chopard apreendido pela Receita desde 2021 — Foto: Jornal Nacional

Uma caixa de couro, revestida de veludo, guarda um colar de ouro branco com dezenas de pingentes, todos cravejados em diamantes. Um par de brincos, um anel e um relógio de pulso, todos feitos em ouro e pedras preciosas, compõem o conjunto. Dentro da caixa está gravado o nome de uma joalheria suíça, uma das mais luxuosas do mundo: Chopard.

Jornal Nacional teve acesso, com exclusividade, ao depósito do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, onde estão as joias que o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou trazer ilegalmente ao Brasil em 2021. Os itens de luxo, avaliados em R$ 16,5 milhões, foram apreendidos pela Receita Federal com integrantes do então governo, em outubro daquele ano. A reportagem é de Bruno Tavares, Patrícia Marques e Jorge dos Santos (veja vídeo abaixo).

CLIQUE AQUI para ver o vídeo.

O depósito fica em uma área de segurança do aeroporto fortemente vigiada 24h por dia e com acesso restrito. Dentro de um pequeno envelope fica a chave que abre e fecha a caixa.

Em detalhes, veja a seguir imagens dos itens:

Detalhe de brincos e outras joias da marca Chopard apreendido pela Receita desde 2021 — Foto: Jornal Nacional

Detalhe de brincos e outras joias da marca Chopard apreendido pela Receita desde 2021 — Foto: Jornal Nacional

Anel da marca Chopard apreendido pela Receita desde 2021 — Foto: Jornal Nacional

Caixa com conjunto de joias está guardada em cofre de depósito da Receita Federal — Foto: JN

Detalhe de colar da marca Chopard que foi apreendido pela Receita em 2021 — Foto: Jornal Nacional

JN teve acesso, com exclusividade, ao depósito do Aeroporto de Guarulhos onde estão as joias para Michelle apreendidas pela Receita — Foto: Reprodução/JN

Entenda o caso

Em outubro de 2021, o governo da Arábia Saudita deu um conjunto de joias a uma comitiva do governo do ex-presidente jair Bolsonaro com relógio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de rosário, todos da marca suíça de diamantes Chopard. Os itens estavam divididos em dois pacotes:

  • Um dos pacotes, que continha um relógio, escapou da fiscalização da Receita Federal e, segundo o que tem dito o tenente-coronel Mauro Cid a interlocutores (saiba quem é Mauro Cid ouvindo o podcast), como revelado pelo blog da Andréia Sadi, teria sido catalogado e embalado na mudança como um bem de Bolsonaro. No entanto, Mauro Cid, que é ex-auxiliar de Bolsonaro, não sabe explicar a esses interlocutores por que esse presente só foi declarado à União um ano após a entrada no Brasil e sem comunicação ao Fisco. O auxiliar também não explica, de acordo com o blog, como um presente para o Estado teria sido levado pelo ex-presidente como item pessoal, já que a lei só permite itens personalíssimos no acervo privado.
  • O outro pacote, que era trazido na mochila de um assessor do Ministério de Minas e Energia, ficou retido no Aeroporto de Guarulhos, já que o governo não declarou as joias como um presente de estado nem pagou os impostos devidos para que os itens pudessem entrar no país como item pessoal.
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