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Jovens autistas utilizam rede sociais para falar do espectro e mostrar suas habilidades

Por Elis Caetano, ContilNet

Foto: Reprodução

Com o avanço das redes sociais, várias plataformas favoreceram uma inclusão a todo tipo de assunto. O que tem tomado de conta do Tiktok são vídeos interativos sobre assuntos diversos sobre neurodivergentes. O uso da plataforma serve como um ativismo para as minorias.

O cérebro humano realiza diversas funções, o que para uma pessoa atípica isso pode ser um desafio dentro de uma sociedade que se considera normal. Para Lawrence Fung, diretor do projeto de neurodiversidade da Universidade Stanford dos Estado Unidos, a definição de neurodivergentes são como qualquer ser humano. Ele considera a neurodiversidade como algo que não pode ser visto na maior parte do tempo, mas todos os dias algum atípico passa por uma dificuldade. Como por exemplo, interações sociais.

Pessoas que possuem Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Transtorno do Espectro Autista (TEA), dispraxia, dislexia e etc.

Victor Matheus tem 27 anos. Ele é autista grau leve, formado em História pela Universidade Federal do Acre (Ufac)  e é estudante de Direito. Ele produz conteúdos relacionados com marketing jurídico, onde tira dúvidas e posta sobre assuntos relacionados a direito de pessoas com deficiência.

Dr. V, como se intitula, diz que sempre achou as plataformas sociais vazias de conteúdos úteis. “Eu sempre achei que uma plataforma social é um tanto vazia, com conteúdos de qualidade.” Ele conta que quanto ao engajamento não é a sua prioridade, mas passar conteúdo de informação que possa ajudar outras pessoas”, diz.

Umas das características de uma pessoa atípica é ter um hiperfoco em algo que o atraia. Isso faz que as pessoas consigam maior facilidade em reproduzir qualquer coisa que deseja. No caso do Victor, seu hiperfoco na área do direito está voltado à imobiliária e pessoas com deficiência.

Muitas pessoas não têm consciência de seus direitos, mas as dicas do Victor são valiosas, porque ele usa embasamentos da Lei e direitos. Uma dica que ele postou em seus vídeos do Tiktok, é que toda pessoa com deficiência tem direito a ser acompanhada, caso ela esteja internada em uma instituição médica. Se isso não for possível, a instituição médica deve justificar e suprir a necessidade do acompanhamento, sendo ela pública ou privada.

Tem surgido muitos fenômenos na internet que compartilham relatos de vida, ajudas e dicas de como lidar com autismo e outros tipos de neurodiversidades. Um exemplo de superação é a Raquel Sabino, de 20 anos,  que é estudante de medicina e compartilha sua rotina na faculdade. A influência de pessoas que compartilham sua rotina tornam-se exemplos.

Em Minas Gerais, Arthur Douglas de 20 anos também autista, utiliza a plataforma como forma de mostrar seu dia a dia e sua superação social.  Na infância sofreu muito para interagir e ser aceito pelos amigos da escola. Hoje ele é programador e seu hiperfoco está em produzir conteúdos de jogos.

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