Lula fechará 20 acordos durante viagem à China

Conforme prometido desde a transição de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai à China, o maior parceiro comercial do Brasil, ainda no primeiro trimestre de 2023. Os detalhes da visita de Estado, entre 26 e 31 deste mês, ainda estão sendo definidos, mas a delegação é recorde, com pelo menos 240 empresários, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores (MRE). A pasta afirmou que o número de integrantes da comitiva ainda deve ser ampliado.

Devido ao interesse de empresários brasileiros em acompanhar a comitiva presidencial, a estada da turnê de Lula no gigante asiático foi ampliada, pois, inicialmente, seria de 27 a 30 de março, nas cidades de Pequim e Xangai. Essa será a terceira visita de Estado de Lula ao país asiático. As anteriores ocorreram em 2004 e 2009.

A expectativa do governo e de empresários em fechar acordos com os chineses é grande, pois as relações entre os dois países quase tiveram um incidente diplomático devido às declarações desastrosas dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com a chancelaria brasileira, por enquanto, 20 acordos estão fechados e serão assinados pelos dois governos. “Mas esse número deverá aumentar ao longo dos próximos dias”, afirmou o embaixador Eduardo Saboia, secretário de Ásia e Pacífico do MRE, ontem, em entrevista coletiva.

Segundo o Itamaraty, essa também será a primeira viagem internacional do chefe do Executivo brasileiro fora do Hemisfério Ocidental desde a posse. Além de Argentina e Uruguai, em janeiro, o petista visitou os Estados Unidos, onde teve encontro bilateral com o presidente Joe Biden, em fevereiro. Mas em nenhuma dessas viagens houve a pompa de uma visita de Estado como ocorrerá na China.

“A visita de Estado é um formato mais prestigioso do que de um encontro bilateral, no mais alto nível da diplomacia”, ressaltou Saboia. Segundo ele, as áreas dos acordos são diversas, como agricultura, educação, cultura, ciência e tecnologia e finanças.

PUBLICIDADE