A batida tradicional do rock progressivo, com o som inconfundível de guitarra à B. B. King sob letras que evocam a natureza e a simbologia amazônica são a marca da banda Mapinguari Blues, que volta a se apresentar nos palcos acreanos com o seu melhor e maior produto: o rock da floresta. Desde a sua primeira formação, em 1996, a banda traz em suas canções letras que expressam a natureza e o cotidiano dos ribeirinhos, em fusão musical entre o blues, folk, ladainha de capoeira e rock n roll.
Os admiradores da Mapinguari Blues terão oportunidade de ver, neste sábado (11), no Vintage PUB, no bairro do Aviário, que a banda está com novas composições, mas todas trazem a temática voltada para o folk acústico.
A Mapinguari Blues, nos 27 anos de fundação, já passou por várias formações. A primeira delas, de 1996 a 2001, foi com Ronnie Blues na voz e bateria; Tony Ruela, gaita; Neemias Maciel, guitarra; Marcelo Agripino, piano; Bernard Müller, percussão; e Silvan Júlio, no baixo.
Já a segunda formação, no período de 2001 a 2004, era esta: Edson Filho, baixo; Neemias Maciel, guitarra; Ronnie Blues, voz e bateria; e Bernard Müller, percussão. A última formação, que perdura até hoje, está assim: Paulo Nobre, bateria; Jamiro Jr baixo; Artur Miuda, baixo; Ronnie Blues, violão, voz e gaitas; e Charles Sampaio, com guitarra e voz.
A banda foi fundada e é mantida pelo músico multimídia Ronnie Blues, que já tem quase 30 anos de trajetória e estrada musical sempre retratando em suas músicas o amor pela natureza com o imaginário amazônico, através das lendas contadas pelos ribeirinhos e povos indígenas. “Criamos a banda com este viés por acreditarmos que podemos fazer muito pela região e pelo nosso povo com aquilo que temos de melhor: a poesia e a música”, diz ofundador da banda.
O projeto é a soma de um trabalho de pesquisa entre o povo e classe artística com finalidade de formar público que valorize o que é produzido pelos compositores da região.
O músico Ronnie Blues em 25 anos de trajetória sempre retratou nas suas músicas o amor pela natureza em detrimento do imaginário amazônico através das lendas contadas pelos ribeirinhos e povos indígenas. “Por acreditar ser um projeto sério, resolvemos apostar no que temos de melhor: a música”, disse Ronnie Blues.
A banda, segundo ele, é um projeto com a soma de trabalho de pesquisa entre o povo e classe artística com finalidade de formar público que valorize o que é produzido pelos compositores da região. Além da música autoral, Blues admite inserir em seu repertório os clássicos do rock, folk e blues.
Ao responder indagação sobre quais são as suas influências musicais, Ronnie Blues não tem dúvidas: “B.B. King! Ele é minha grande influência, mas também tem Robert Johnson, essas raízes. Na realidade na minha adolescência eu ouvia muito rock, lá pelos meus 14 anos, aí lá pelos 20 foi quando comecei a ouvir mais blues, tive muita influência de Led Zeppelin, Pink Floyd”, conta.
No entanto, diz o artista, ele está sempre ouvindo coisas novas e boas. “Esses dias mesmo, pesquisando paro meu programa de rádio, descobri Johnny Winter. O cara é albino mas faz música de negro. Imagine um branco fazendo som de negro! Ele é fantástico, tem vários trabalhos. Então é isso, todo dia a gente vai se renovando, redescobrindo novas influências”, acrescentou.
A Mapinguari Blues tem, hoje, três CDs: o primeiro, A Fuga, lançado em 2004, no Teatro Plácido de Castro. “Em 2007, lançamos o Borboletas, gravado no ano anterior em Parati”, conta. “Em 2010 reunimos nossas melhores canções em um trabalho que fizemos ao vivo. É o Mapinguari Blues ao vivo, pelo projeto Pixinguinha, que resultou no nosso DVD, que foi lançado no Rio”, contou.
Serviço
O show começa às 22 horas;
Local: Vintage Pub, rua do Aviário, Bairro Aviário, um espaço estimado para 350 pessoas.