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Morre Elizeu Padilha, tradicional político do MDB de muitos amigos no Acre

Por Tião Maia, ContilNet

Será sepultado nesta terça-feira (14), em Porto Alegre (RS), o ex-ministro dos Transportes Elizeu Padilha, um político ligado ao MDB e ao PSDB e que ao longo do tempo fez muitos amigos no Acre, entre eles o ex-governador, ex-senador e ex-deputado federal Flaviano Melo. Ele morreu na tarde da última segunda-feira (13), aos 77 anos, vítima de um câncer.

Padilha fazia tratamento contra o câncer no estômago no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Padilha deixa a mulher e seis filhos.

Filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB) desde 1966, foi ministro em governos do PSDB, do PT e do MDB.

Era natural de Canela, na Serra do Rio Grande dfo Sul. Advogado e empresário, Eliseu Padilha começou a carreira política em sua cidade natal no movimento estudantil. Em 1967, passou a morar em Tramandaí, no Litoral Norte do estado, onde se elegeu prefeito em 1989.

Obteve o primeiro mandato de deputado federal em 1995, a partir de quando começou a ocupar cargos no Executivo e na direção do PMDB nacional. Exerceu quatro mandatos de deputado federal pelo RS entre os anos de 1995 e 2015.

Padilha foi ministro de estado quatro vezes, em três governos diferentes: entre 1997 e 2001, foi Ministro de Transportes de Fernando Henrique Cardoso.

Durante o governo de Dilma Rousseff, foi ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil, cargo que cumpriu entre janeiro e dezembro de 2015. Nomeado logo no primeiro dia do segundo mandato de Dilma, Padilha acabou acumulando funções políticas ao longo de 2015, em boa medida para ajudar Temer a aprovar medidas de ajuste fiscal encomendadas pela petista.

Ele pediu demissão, no entanto, logo depois que o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acolheu o pedido de impeachment de Dilma, em dezembro de 2015. Padilha sinalizou que deixaria o governo no momento em que aliados de Temer passaram a demonstrar constrangimento com a pressão do Planalto para que o vice se posicionasse contra o impeachment de Dilma. Na carta de demissão, alegou “razões pessoais”.

Já no governo de Michel Temer, foi Ministro-Chefe da Casa Civil entre 2016 e 2019 e ocupou interinamente o cargo de Ministro do Trabalho por cinco dias, entre 5 e 9 de julho de 2018.O Governo do Rio Grande do Sul declarou luto pela morte do político.

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