Na China, Jorge Viana diz que desmatamento na Amazônia dobrou no governo Bolsonaro 

O ex-governador do Acre, Jorge Viana (PT) foi como Presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil) em Pequim, na China, e usou a oportunidade para expor a situação vivenciada na Amazônia.

Segundo Jorge Viana, o Brasil não deveria esconder os problemas ambientais dos países do exterior e sim usar de ocasiões como esta para incentivar medidas para contornar a situação, que deve partir não somente do governo como dos empresários também.

“Nós brasileiros deveríamos parar de dizer fora do Brasil que o Brasil não tem problema ambiental. Nós temos e faz muito tempo”, salientou Viana. 

As cobranças para integrantes do agronegócio não são novidade, a categoria recebe pressões relacionadas à responsabilidade com o meio ambiente a muito tempo. O Presidente da Apex Brasil associou a deterioração da floresta justamente à prática pecuária. 

Sendo a China o país que mais compra produtos do agronegócio do mercado brasileiro, o discurso com viés ativista atingiu diversas esferas ligadas ao assunto, representantes do governo chinês, autoridades e também empresários do Brasil.

“Quero dar números bem objetivos. Falei que 84 milhões de hectares foram desmatados. Para que essas áreas estão sendo usadas? 67 milhões de hectares para a pecuária; 6 milhões para agricultura de grãos. E 15 milhões (são) de floresta secundária”, protestou Jorge Viana. 

Ele ainda afirmou que o desmatamento foi reduzido em governos como o de Lula e Dilma Rousseff, mas dobrou no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Nós tivemos problemas com o governo passado. Reconheço que o governo passado incentivou a ocupação de terras indígenas e o desmatamento”, denotou o presidente da Apex Brasil.

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