O Acre aparece entre os estados brasileiros com os maiores déficits de dados nas pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), faltando 11,6% da população a ser recenseada. Nesse período deveria ser feita a apuração e conferência de informações prestadas, no entanto, diversos recenseadores ainda estão em campo.
O Recenseador é o responsável por fazer o trabalho da coleta de dados por meio de entrevistas com os moradores das regiões brasileiras para o censo demográfico. A coleta iniciou em agosto de 2022 e iria até outubro do mesmo ano. Contudo, em razão da lacuna de dados, vários recenseadores ainda estão nas ruas.
Quem não recebe os recenseadores corre o risco de receber uma notificação com multa por não terem respondido o levantamento, já que para quem se recusa a responder o censo, há uma multa de até dez salários mínimos prevista em lei.
O estado do Amapá é o que possui o maior déficit, com 20,8% da população não recenseada. Em São Paulo, ainda faltava recensear 16% dos habitantes, e no Rio de Janeiro, 15,1%. Outros estados com lacunas de dois dígitos no recenseamento são Rondônia (17,3%), Espírito Santo (13,4%), Tocantins (11,8%), Pará (11,7%), Distrito Federal (13,9%), e o Acre com (11,6%).
O IBGE ainda passou por alguns contratempos para contratação, pagamento e manutenção de recenseadores atuando no trabalho de campo, o que impactou os prazos, que foram prorrogados múltiplas vezes. Atualmente, a coleta tem como data de referência as condições em que vivia a população brasileira em 31 de julho de 2022.
“Correndo tudo como planejado, o IBGE tem previsão de divulgar os primeiros resultados do censo no final de abril”, explicou o IBGE ao Estadão/Broadcast.
