No Acre, vereadora renuncia ao cargo temendo cassação pela justiça

A vereadora da cidade de Feijó, Aurelinda Portela (PP), renunciou ao seu cargo durante a sessão desta segunda-feira (27). A decisão foi tomada para evitar que fosse ela cassada por quebra de decoro parlamentar.

Aurelinda Portela estava afastada das atividades na Câmara após ter sido indiciada e presa pela Polícia Civil de Feijó em agosto de 2021, por crimes contra o patrimônio, furto qualificado e estelionato.

Ela é suspeita de estar envolvida em um esquema de desvio de dinheiro de idosos e indígenas.

Relembre o caso

A vereadora foi eleita em 2020 pelo município de Feijó, interior do Acre.

Em agosto de 2021 foi alvo da Operação Totomide, deflagrada pela Polícia Federal. Aurelinda foi acusada de se apropriar de cartões de benefícios de indígenas e idosos na cidade. Ela era responsável por sacar os benefícios destas pessoas para entregá-los, entretanto, não repassava o valor correto.

Os desvios chegaram a cerca de R$ 300 mil. Além da prisão, a justiça determinou o sequestro de 251 bois das propriedades da filha e do marido da investigada. Os animais seriam leiloados após o término do processo judicial, para que as vítimas fossem indenizadas.

De acordo com os autos do processo 0000428-70.2022.8.01.0013, Aurelinda teve prisão preventiva decretada pela justiça de Feijó, mas conseguiu convertê-la em prisão domiciliar com monitoramento através de um habeas corpus.

Após o caso, a Câmara Municipal de vereadores, por meio da comissão processante, abriu procedimento para cassá-la, alegando quebra de decoro parlamentar.

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