O governador Gladson Cameli (PP), que está em Brasília, não é alvo das operações da Polícia Federal desencadeadas nesta quinta-feira (9) na terceira fase da Operação Ptolomeu, iniciada em dezembro de 2021 e que está tendo desdobramento hoje no Acre e em mais seis estados e no Distrito Federal.
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Os agentes, cerca de 300 homens da PF, da CGU (Controladoria Geral da União) e da Procuradoria Geral da República (PGR), cumprem 89 mandados de busca e apreensão, retenção de valores de R$ 120 milhões e apreensão de aeronaves, casas e apartamentos dos investigados.
Pelo menos 15 empresas investigadas tiveram suas atividades suspensas. Os nomes dos alvos não foram divulgados.
Os mandados foram autorizados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A TV Globo revelou que o governador Gladson Cameli não é alvo direto das buscas desta quinta, mas foi alvo de outras sanções definidas pelo STJ, como, por exemplo, poder fazer contato com outros alvos da investigação; não poder deixar o país e ter que entregar o passaporte à Justiça em até 24 horas.
Também são alvos da medida um carro blindado avaliado em R$ 200 mil, uma aeronave modelo Beech Aircraft de R$ 1,5 milhão e três imóveis – sendo um apartamento de R$ 6,5 milhões em São Paulo, uma casa de R$ 7 milhões em Rio Branco e um imóvel em Brasília avaliado em R$ 600 mil.
Além do governador, são investigados seu pai Eladio Cameli, a ex-esposa, dois primos, dois tios e dois irmãos.
Os mandados são cumpridos no Acre, no Amazonas, em Goiás, no Piauí, no Paraná, em Rondônia e no Distrito Federal. No Acre, equipes da PF fizeram buscas em gabinetes da Casa Civil e da Secretaria de Fazenda do Estado.