O radialista João Gomes de Almeida Filho, o Jota Almeida, de 74 anos, que estava em situação de rua nos últimos dias no Centro de Rio Branco, está sendo medicado na UPA do Segundo Distrito desde a noite da última quarta-feira (8). Ele foi localizado por servidores da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Sasdh), quando se preparava para dormir numa calçada do Centro.
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Os técnicos da Secretaria o convenceram a acompanha-los até a UPA, já que ele apresentava sinais de inchaço nas pernas e outras doenças. “O deixamos em segurança na UPA, sob os cuidados da equipe de saúde. Nossa gratidão à Kawana e equipe SASDH pelo trabalho realizado”, disse a diretora da secretaria, professora Rila Freze. “Direitos Humanos é isso. Cuidar, zelar e proteger”, acrescentou.
Jota Almeida é professor, radialista, jornalista e advogado. Acreano de Rio Branco, durante anos atuou em todas essas áreas, se destacando, principalmente, como radialista e advogado. Como radialista, atuou na Rádio Difusora Acreana (RDA), com sua voz diferenciada e marcante. Como advogado, fez nome do Tribunal do Júri Popular na defesa de criminosos que muitas vezes conseguiu absolver.
Foi namorado da então procuradora de Justiça Maria de Salte da Costa Maia, falecida de câncer, em novembro de 2008. Quando a jurista morreu, como advogada militante no Acre, eles já não eram mais um casal.
Almeida morava num apartamento no Edifício Luiz Pedro, na Rua Marechal Deodoro, no Centro de Rio Branco, de onde teria sido expulso por incompatibilidade com outros moradores liderados por uma mulher conhecida por “Loura do Peruano”, que teria recorrido inclusive aos préstimos de faccionados para tirar o inquilino de seu apartamento.
Desde então, ele passou a viver em casa de parentes, no Conjunto Universitário, mas nos últimos dias passou a vagar no Centro da cidade, em situação de rua, carregando apenas uma mochila. Fotografado, foi objeto de reportagem no ContilNet e desde então sua situação vem chamando a atenção.
Rila Freze informou que vai avaliar sua situação após sua a saída da UPA. “Vou avaliar as condições de moradia e procurar parentes., para depois tomar um decisão”, disse.