Ana Maria Braga contou na última sexta-feira que ficará afastada alguns dias do programa devido a uma cirurgia de varizes.
— Vou fazer na segunda uma pequena cirurgia de varizes, estava agendada. A gente vai ficando muito em pé, correndo muito, ginástica. Preciso arrumar minhas leggings. Vou ficar uns dias quietinhas para dar tudo certo — revelou a apresentadora.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), as varizes “são veias superficiais anormais, dilatadas, cilíndricas ou saculares, tortuosas e alongadas, caracterizando uma alteração funcional da circulação venosa do organismo”. Os principais fatores de risco para a condição são: predisposição familiar, ser do sexo feminino (mulheres correm um risco quatro vezes maior que os homens), idade (a condição é mais comum a partir dos 30 anos), obesidade, número de gestações, uso de hormônios (como pílula anticoncepcional) e passar muitas horas em pé.
Na maioria dos casos, a principal queixa é estética. Por exemplo, as varizes mais superficiais, chamados de aranhas vasculares ou telangiectasias, são arroxeadas e menores. Já as varizes mais profundas aparecem quando a pessoa está em pé. As veias ficam dilatadas, tortuosas e muito visíveis.
Mesmo assim, é importante procurar um médico para avalia-las, pois, quando não tratadas de forma correta, as varizes podem progredir e desenvolver complicações como eczema, dermatite, trombose, escurecimento da pele, hemorragias e úlceras. Além da questão estética, os sintomas podem incluir sensação de perna pesada ou cansada, cãibra, queimação, inchaço, prurido ou coceira e “pernas inquietas”.
O tratamento varia de acordo com a gravidade das varizes. Por exemplo, microvarizes e varizes de calibre pequeno podem ser tratadas com escleroterapia química, que consiste na injeção de substâncias que expulsam o sangue para as veias normais e entopem as veias que estão sendo tratadas.
Já as varizes maiores e com comprometimento da veia safena precisam ser removidas cirurgicamente. A boa notícia é que as cirurgias de varizes estão cada vez menos agressivas. A grande maioria pode ser realizada através de mini-incisões e o tempo de internação hospitalar raramente ultrapassa 24 horas.
A SBACV ressalta que as varizes retiradas cirurgicamente ou tratadas com escleroterapia não provocam danos à circulação. Pelo contrário, sua retirada melhora a drenagem venosa dos membros inferiores, aliviando sintomas e prevenindo as implicações da evolução da doença.