Ao citar o Acre, Folha diz que deputados querem ‘big brother’ nas escolas; entenda

Após a onda de atentados e ameaças de massacres a escolas em todo o Brasil, a quantidade de projetos criados e aprovados nas assembleias legislativas do país – para impedir práticas violentas – é considerável, de acordo com levantamento feito pela Folha de S. Paulo. 

SAIBA MAIS: Um dos adolescentes que ameaçavam escolas no Acre tinha acesso à arma

Foram propostos ao menos 102 projetos de lei nos 26 estados e na Câmara Legislativa do Distrito Federal nos últimos 30 dias relacionados à segurança em unidades de ensino.

A maioria propõe a instalação de portas giratórias, detectores de metais, portarias exclusivas, construção de muros altos, revistas em mochilas, obrigatoriedade de muros altos e até reconhecimento facial para acesso às escolas.

“No Acre, deputados aprovaram na última quarta-feira (12), por unanimidade, um projeto de lei que prevê a instalação de detectores de metais em todas as escolas estaduais em um prazo de até 180 dias”, diz um trecho da reportagem. 

“No dia anterior, a Assembleia Legislativa de Rondônia seguiu na mesma linha: definiu a obrigatoriedade de detectores de metais nas escolas e também aprovou uma proposta que prevê a presença de policial armado, em tempo integral, durante o horário das aulas”, continua. 

Na Aleac, a proposta é de autoria do deputado Chico Viga (PDT). “Se torna imperioso e urgente coibir a entrada de armas nos centros de ensino e, para tal, é importante que o detector de metais seja adotado o quanto antes em todas as escolas”, diz um trecho do PL aprovado por unanimidade, que depende apenas da sanção do governador Gladson Cameli. 

Outros estados como Minas Gerais, Sergipe, Santa Catarina, Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo também tiveram projetos criados em suas casas legislativas. 

REPORTAGEM COMPLETA DA FOLHA: Deputados querem ‘big brother’ nas escolas com câmeras, detectores e reconhecimento facial

Operação da Polícia Civil do Acre

A Polícia Civil fez uma nova coletiva à imprensa na manhã desta sexta-feira (14) para tratar das constantes ameaças feitas por perfis fakes a escolas do Acre na última semana. O assunto ganhou repercussão desde que uma escola foi invadida em Blumenau (SC) e quatro crianças foram mortas.

Para chegar aos autores, o órgão deflagrou uma nova fase da Operação Escola Segura. Desta vez foram identificados dois autores de perfis falsos em Rio Branco e mais um em Acrelândia.

A polícia também apreendeu quatro aparelhos celulares utilizados na criação das contas falsas. Todos os envolvidos foram ouvidos na delegacia.

Até o momento foram identificadas 28 contas de redes sociais com a nomenclatura “massacre”, dessas, oito já foram desativadas e outras excluídas pelos próprios criadores. A Polícia Civil solicitou aos provedores para que sejam todas derrubadas. Até o momento 14 pessoas foram identificadas como os possíveis criadores dos perfis de ataque.

PUBLICIDADE