Muito se falou ontem sobre o atual primeiro escalão do Governo do Acre, principalmente por conta do prazo de 100 dias — estabelecido pelo governador Gladson Cameli — que está às portas. Houve até quem dissesse que este humilde jornalista estragou o feriadão de alguns. Que o papai do céu afaste de mim esse cálice.
Mas confesso que fiquei intrigado — para não dizer curioso — com outra discussão que se levantou nas redes e grupos de conversação: e se os atuais deputados estaduais também passassem pela avaliação dos 100 dias? Com os trabalhos legislativos iniciando apenas em fevereiro, eles ainda tem um tempinho pela frente.
Nas últimas eleições, o povo do Acre renovou em 50% a legislatura. Alguns já se sobressaem. Outros correm da tribuna igual o diabo corre da Cruz. Enquanto o seu lobo não vem, quero saber de você: como você acha que tem se saído os atuais deputados estaduais?
BANCADA FEDERAL
Lá no parlamento federal, nenhum dos novos nomes furou a bolha, e os mandatos — pelo menos até aqui — não acusam nenhum ponto fora da curva. O destaque fica para Alan Rick, que pulou para a vaga de senador, se tornou o coordenador da bancada federal e, talvez até por ser jornalista, é o que melhor sabe trabalhar o nome.
COMUNICAÇÃO
Na última conversa que tive com o governador Gladson Cameli, é nítido o interesse e disponibilidade que o governador tem para dispensar à sua comunicação. Esse é um dos principais fatores que fazem dele um gigante na política.
AGLUTINA
Enquanto alguns líderes políticos menosprezam e desvalorizam o trabalho dos comunicadores, Gladson une em torno de si um hall com muitos dos melhores profissionais do Acre.
FATOS
O Acre deixou de ser bolsonarista? Não acredito. E porque o mesmo Acre entende que o governador precisa se aproximar do presidente Lula, mesmo com todo e qualquer ranço ao presidente e ao PT? É simples: porque a informação de que o estado precisa de recursos federais chegou a quem precisa dessa informação para formar opinião. São fatos reforçados com a última pesquisa DataControl.
DIGO E REPITO:
Não seria nada difícil de, no Acre, alguém ainda nadar nas águas do bolsonarismo — contanto que tivesse em torno de si uma estrutura de comunicação que fizesse um trabalho mais inteligente, instrutivo, até persuasivo eu diria, já que esse é um dos pilares da publicidade. Mas o que se nota é que isso é pedir muito.
DE DUAS, UMA
Os novos parlamentares — sobretudo os federais — possuem duas saídas. De duas, uma: ou param de enxugar gelo e passem a vestir verdadeiramente suas camisas, colocar suas ideologias no bolso e bater na porta que tiver de bater para trazer recursos ao estado; ou convencer a população de que existe um caminho melhor.
O BOCA TRABALHA
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, levou à Câmara o projeto de subsídio na casa dos R$ 7 milhões às famílias atingidas pela enchente. Em seguida, anunciou processo seletivo com quase 400 vagas para a Saúde. Enquanto uns criticam, o Boca trabalha.
NUNCA
Em toda história do STF na República, nunca houve um ministro nascido em seis estados do país: Acre, Amapá, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e Tocantins, além do Distrito Federal.
CORRE O RISCO
Gosto do deputado Emerson Jarude, mas quando anuncia tão cedo que será pré-candidato à prefeitura, corre o risco de reviver o que aconteceu na última eleição, quando colocou seu nome para disputa ao Governo e viu a ex-deputada Mara Rocha chegando no partido e sentando diretamente na janelinha.
MARA DA VEZ
A Mara da vez pode ter nome: uma ala do MDB sonha com o ex-prefeito Marcus Alexandre disputando a prefeitura pela legenda.
BATE-REBATE
– Algo que me alegrou — e ao mesmo tempo me chamou atenção — na pesquisa divulgada é a expectativa dos entrevistados (…)
– (…) Estão otimistas. Acreditam que esse ano será melhor que o passado.
– Tem gente que ainda nem mostrou a que veio e já manda cabos eleitorais especularem cargos majoritários em grupos de conversas (…)
– (…) Menos… bem menos!
– “Ton, coloca aí que o Velloso tá encantado pelo MDB” (…)
– (…) E tá? Não fiquei sabendo…
– A pesquisa DataControl não considerou todos os municípios (…)
– (…) É injusta, portanto, essa onda de ódio contra a prefeita de Tarauacá, Maria Lucineia (…)
– (…) Como vocês sabem que ela é realmente a mais rejeitada do Acre?
– De ponta a ponta do estado, tem muita gente brigando por esse posto!
Feliz Páscoa a você e sua família! Obrigado pela companhia. Nos encontramos novamente na segunda-feira (10).