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Como saber se o celular é original? Confira estes 10 indícios

Por TECHTUDO

Algumas cópias são extremamente similares aos originais: o iPhone 7 Plus da direita é falso — Foto: Reprodução/3u

Quando se trata da aquisição de um celular, podem surgir dúvidas sobre a qualidade ou procedência do aparelho: é ou não é um produto original? Para sanar essas as dúvidas, o TechTudo reuniu dicas que vão ajudar o consumidor a identificar um aparelho original e não cair em golpes, comprando celulares falsificados. As dicas selecionadas vão das mais simples, na avaliação da aparência do smartphone, até as mais sofisticadas, ao observar o Face ID e a Pasta Segura.

Vale mencionar que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é responsável pela regulação dos celulares, pela homologação de smartphones e pelo bloqueio dos aparelhos roubados. Portanto, um bloqueio na Anatel é um forte indício de que o consumidor não deve adquirir aquele aparelho. Veja a seguir dez dicas para identificar se um celular é falso.

1. Design do smartphone

Dois tipos de entrada para carregamento dominam o padrão do mercado: o USB-C para smartphones equipados com Android e o conector Lightning para smartphones da AppleEntradas micro-USB em aparelhos atuais denotam logo de cara a fraude.

Diferença entre tela original do iPhone, Retina, e uma cópia de LCD — Foto: Reprodução/SMASHED IT

Fique atento à aparência do aparelho: examine tamanho, cores, botões, disposição de câmeras, caixas de som e compare todos esses aspectos com o descrito no site oficial da marca. Em geral, as empresas disponibilizam fotos em alta resolução dos smartphones que podem ser utilizadas para comparar com o novo aparelho. Produtos em série como smartphones dificilmente terão botões ou câmeras fora do lugar. Cores que destoam do site oficial também são um sinal de fraude.

Além disso, a tela é um destaque de marcas como Apple e Samsung. Aparelhos topo de linha tendem a apresentar painéis com as melhores tecnologias. A Samsung conta com telas AMOLED Dinâmico que tendem a exibir cores vivas e de alto contraste, enquanto o iPhone tem a Retina Display, reconhecida pela fidelidade das cores. O iPhone 14 Pro tem inclusive a tela mais bem avaliada do DisplayMate. Portanto, cores “sem vida” também podem sinalizar um celular falso.

Uma resolução menor exibe pixels maiores em tela: o aparelho à esquerda tem resolução de 165 ppi enquanto o aparelho da direita tem resolução de 330 ppi — Foto: Reprodução/OSX Daily

Por fim, com o passar dos anos, os smartphones tendem a apresentar resoluções cada vez mais altas, tornando praticamente impossível de se visualizar os pixels da tela. E mesmo aparelhos intermediários costumam apresentar resolução suficiente para telas grandes, como HD ou Full HD. Como parâmetro, uma resolução próxima ou acima de 300 pixels por polegada (ppi) é o suficiente para não se visualizar nenhum ponto na tela a olho nu. Se os pixels estiverem visíveis, há chances de que o celular seja falso.

2. Código de homologação da Anatel

 

Localização do código de homologação da Anatel — Foto: Reprodução/hdblog

A Anatel é a agência brasileira responsável por homologar todos os celulares vendidos em território nacional. E para saber se o aparelho é homologado, basta procurar pelo número de homologação, que pode ser encontrado em um selo atrás da bateria, para aparelhos mais antigos, ou na tampa traseira, para aparelhos mais novos. Com esse número em mãos, basta fazer uma pesquisa em informacoes.anatel.gov.br/paineis/certificacao-de-produtos/consulta-de-produtos.

3. Armazenamento

 

Por padrão, a maioria dos aparelhos tem memórias de 32, 64 e 128 GB de armazenamento interno — Foto: Rodrigo Fernandes/TechTudo

Celulares piratas podem oferecer menos armazenamento do que as versões originais, portanto, verifique a quantidade de memória. O valor exibido deve ser o mesmo que o anunciado pelo fabricante. Verifique também a presença de entrada para cartões MicroSD. A presença desse tipo de memória em aparelhos como o iPhone 14, o Galaxy S23 ou o Motorola Edge 30 Pro é um forte indício de que o smartphone é falso, uma vez que os originais não contam com esse recurso.

4. IMEI

 

Identificando o IMEI — Foto: Reprodução/Júlio César Gonsalves

Outro número importante para identificar a situação do celular é o IMEI, um código único de identificação do telefone também verificável junto à Anatel. Ele serve tanto para verificar a situação do aparelho, se é fruto de roubo, por exemplo, quanto para identificar se é homologado pela Anatel. No caso de um aparelho fruto de roubo, o bloqueio do IMEI faz com que o smartphone fique impedido de se conectar à rede de telefonia e não possa ser habilitado em uma nova linha.

O IMEI está localizado na embalagem do celular mas também pode ser encontrado ao discar “*#06#”. Ao digitar o último caractere, a tela do celular irá exibir um ou mais códigos IMEI. Em aparelhos Android, também é possível verificar o código em “Sobre”, dentro de “configurações”. Já no iPhone, basta acessar “Ajustes”, depois “Geral” e por fim “Sobre”. O IMEI também é acessível via iCloud. De posse do código, basta acessar a página consultaserialaparelho.com.br/public-web/homeSiga, iniciar a consulta e descobrir a situação do aparelho.

5. Biometrias e tecnologias faciais

 

O Face ID é o sistema de reconhecimento facial da Apple — Foto: Thássius Veloso/TechTudo

Outra forma de verificar a autenticidade de um celular tem a ver com os sensores biométricos. Tanto o leitor de digitais sob a tela quanto os sensores de reconhecimento facial– caso do Face ID no iPhone – são tecnologias que dificilmente serão copiadas por outras fabricantes devido ao alto custo. Você pode conferir como configurar cada uma dessas tecnologias no artigo “Senhas para celular e biometria“.

6. Loja oficial e aplicativos

 

O acesso às lojas oficiais para compra e atualização de aplicativos pode servir de parâmetro para identificar celulares falsos. O suposto novo iPhone deve executar a App Store e o eventual aparelho com Android precisa ter a Google Play Store.

Há ainda lojas próprias de marcas como a Samsung (Galaxy Store) e Xiaomi (Mi Store), que só devem estar disponíveis para dispositivos das respectivas marcas, e em hipótese alguma para dispositivos Apple. E no caso da empresa da maçã, ela exige uma ID Apple com e-mail e senha verificados para autorizar baixar aplicativos da App Store.

iPhones também contam com um indício a mais para identificação de celulares falsos: diversos aplicativos são exclusivos da marca, não havendo versão para Android. Entre eles, podemos citar o iCloud Drive, FaceTime, iMovie e Safari, entre outros. Todos esses aplicativos estão presentes em um iPhone original e podem ser baixados de forma nativa na App Store. A Samsung também costuma equipar nos aparelhos aplicativos nativos como Samsung Cloud e o Samsung Wallet.

7. Assistentes de voz

 

Siri é a assistente pessoal da Apple, presente apenas no iPhone — Foto: Isadora Díaz/TechTudo

Siri Bixby são dois dos principais assistentes pessoais presentes em smartphones. Estes dois assistentes só funcionam corretamente em celulares da marca fabricante. Smartphones falsificados da Samsung não podem exibir o feed de notícias ou realizar comandos da Bixby uma vez que a própria Samsung é a desenvolvedora da aplicação. Por padrão, aparelhos Samsung têm um botão dedicado para ativação, que também pode ser feita por voz, com o comando “Oi Bixby“.

No caso da Siri, basta pressionar o botão “Power” do iPhone para ativá-la. Assim como a Bixby, é possível ativá-la também com um comando de voz ao falar “E aí, Siri”. Se a assistente estiver indisponível, acesse os “Ajustes” para configurá-la. E não caia em golpes: ela pode ser desativada, mas nunca completamente removida.

8. Pasta Segura no celular Samsung

 

Uma tecnologia simples e eficiente da Samsung é a Pasta Segura. Por ser integrada ao Samsung Knox, ela não pode ser instalada em celulares falsificados. O Knox é a plataforma de segurança da Samsung que alia software e hardware para aumentar a segurança dos dispositivos, não passível de cópia. A ferramenta está presente em celulares da Samsung a partir de 2016, quando foi reformulada para o Galaxy S7. Assim, em dispositivos Galaxy, não ter a pasta segura pode ser um indício de celular falsificado.

9. Qualidade da câmera

 

A câmera do Galaxy S23 Ultra tem 200 megapixels — Foto: Thássius Veloso/TechTudo

As fotos também podem ser um indício de celular falso. Aparelhos de ponta, como o Galaxy S23 Ultra ou o iPhone 14 Pro Max, dispõem de conjuntos fotográficos com o que há de melhor em sensores fotográficos, com recursos como estabilidadezoomHDR e quantidade de megapixels. O S23 Ultra, por exemplo, pode produzir fotos de 12.240 x 16.320 pixels. Isso significa que é possível aproximar bastante da foto produzida, com um movimento de pinça, sem exibir pixels em tela.

Smartphones da Apple, Xiaomi e Motorola também são reconhecidos por produzir fotos com extrema qualidade. Caso as fotos não sejam compatíveis com o modelo, fique atento e leia as dicas anteriores.

10. Nota fiscal

 

DANFE Online: o que é e como consultar nota fiscal eletrônica — Foto: Ana Letícia Loubak/TechTudo

Pode parecer óbvio, mas não exigir a nota fiscal pode gerar futuras dores de cabeça. Tanto um produto falso quanto um item de roubo ou furto estarão sem a documentação que atesta a procedência do celular. E no caso da falsificação vendida por loja é através da nota fiscal que o consumidor pode provar a compra equivocada e pedir a restituição, amparado pelo Procon. Portanto, sempre peça a nota fiscal dos celulares comprados.

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