Numa sessão politicamente tensa em meio a ânimos acirrados, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, compareceu esta terça-feira, 11, à Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados para falar a seus 35 integrantes sobre armas, visita a favela da Maré, ações após-8 de janeiro e invasões de terra.
“Infelizmente os Parlamentares da base do Governo não estavam dispostos a discutir a segurança do povo brasileiro, foram lá para provocar e tumultuar a sessão que deveria esclarecer muitos pontos importantes sobre a atuação do Ministro frente ao Ministério da Justiça e Segurança Pública ”, disse Ulysses.
Segundo o parlamentar, ficaram ainda muitas perguntas a serem respondidas, principalmente sobre qual postura que o ministro vai tomar, em especial sobre o combate ao crime organizado, segurança pública e violência, tendo em vista que, de acordo com o parlamentar, no Governo anterior foi registrado o menor índice de morte violenta intencional.
“Mais de 20 mil pessoas deixaram de morrer numa política que estava sendo adotada com a estratégia de combate ao crime organizado, combate à corrupção, combate à crimes transfronteiriços e acesso a armamento nas mãos de pessoas de bem priorizando a legítima defesa e a vida”, afirmou.
No entanto, enfatizou o deputado, “hoje o que se vê é que o caminho que está sendo tomado pelo Governo Federal e o Ministério da Justiça é totalmente o contrário. O deputado destacou que em apenas dois meses, verificaram-se mais invasões a terras que durante todo o Governo anterior.
“A questão do desarmamento, por exemplo, só beneficia a população criminosa que não tem recebido nenhum combate. A ADPF (Arguição de Cumprimento de Preceito Fundamental) ,impetrada inclusive pelo partido do ministro, o PSB, impede que as polícias realizem operações em áreas comandadas pelo narcotráfico. São assuntos que precisam ser devidamente explicados e esclarecidos ”.
Retomada
Em função de diversas intervenções e interrupções em virtude de provocações feitas entre parlamentares, a sessão foi caminhando para uma situação insustentável e teve que ser interrompida. O presidente do colegiado, deputado Sanderson (PL-RS), em sua fala inicial pediu cortesia aos deputados e menos “exaltação”.
O pedido, entretanto, não foi atendido e o clima de divergências predominou. Ao encerrar a sessão, depois de sucessivos pedidos de silêncio aos integrantes da comissão, Sanderson afirmou que uma nova reunião com o ministro será marcada.
Para o deputado Coronel Ulysses, felizmente numa segunda oportunidade o ministro Dino terá a chance de responder de forma clara as perguntas, “e explicar a toda população questões essenciais que o Brasil exige que sejam convenientemente esclarecidas”.