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Estudo mostra quais comunidades indígenas do Acre sofrem com conflitos por terra

Por Rebeca Martins, ContilNet

Foto: Juan Diaz/ContilNet

Nesta segunda-feira (17), os dados sobre os índices anuais de violência no campo foram expostos pela Comissão Pastoral da Terra (CPT). Quatro estados da Amazônia Legal, incluindo o Acre, foram os que tiveram os números mais elevados em conflitos. 

O CPT divulga na pesquisa os fatores causadores desses índices. Em 2022, os fazendeiros representam 23% das ocorrências de conflito por terra, na sequência vem o governo federal, com 16%, empresários com 13% e grileiros 11%. O governo foi o que mais se “destacou”, já que em 2021 representavam 10% e no ano passado deram o salto para os 16%.

A análise da Agência Brasil, mostra que as regiões de fronteira agrícola na Amazônia têm registrado um avanço nos conflitos. Como por exemplo a Zona de Desenvolvimento Sustentável (ZDS) Abunã-Madeira (Amacro), que engloba 32 municípios localizados no Acre, sul do Amazonas e noroeste de Rondônia.

O local apresenta elevação nas estimativas de conflitos por terra nos últimos anos, tendo como foco sobretudo comunidades tradicionais, como territórios indígenas. Em 2022, foram registrados 150 casos de conflitos por terra nessa região especificamente, o terceiro número mais alto dos últimos dez anos, segundo a CPT.

“A comissão tem observado que, de 2004 para cá, está havendo mudança no foco desses conflitos, que deixaram de ser, em sua grande maioria, com os sem-terra, de disputa pela terra e contra a reforma agrária, para conflitos que vão para cima das comunidades, especialmente indígenas, por meio da grilagem mesmo ou invasões”, ressalta Isolete Wichinieski, da coordenação nacional da CPT.

Ainda conforme a CPT, no estado do Acre, existem cerca de 44 áreas atingidas por esses conflitos agrários.

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Foto: Reprodução

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