No mesmo dia em ocorreu a maior fuga de presos do ano do presídio estadual Manuel Nery, em Cruzeiro do Sul, quando onze presidiários de alta periculosidade ganharam às ruas e só quatro foram recapturados, na capital Rio Branco, no presídio “Francisco D’Oliveira Conde”, foi descoberto um plano de fuga de pelo menos 16 detentos locais. A descoberta ocorreu no “Pavilhão L”, da Unidade Penal de Regime Fechado n° 01 de Rio Branco, após revista dos policiais penais.
“Durante a revista, nossos policiais encontraram cordas e escadas artesanais, feitas com lençóis e cabos de vassouras utilizadas na limpeza das celas que os presos acabam adaptando para escada artesanais com os quais tentam escalar muros”, disse ao ContilNet o diretor do Iapen (Instituto de Administração Penitenciária), Glauber Feitosa. Os policiais penais montaram uma operação surpresa e conseguiram apreender todo o material que seria usado no plano de fuga.
Feitosa informou que o departamento de inteligência já tinha conhecimento que detentos planejavam uma fuga em massa, mas não sabiam do Pavilhão partiria e nem quando aconteceria. Por isso, a partir daí foi montada uma operação e investigação que culminou com a descoberta do Pavilhão em que ocorreria a tentativa de fuga, onde foram encontrados itens que seriam utilizados na fuga, como cordas artesanais estilo “teresa” confeccionadas com lençol, escada artesanal, gancho feito com ferro da estrutura do presídio, dentre outros.
A direção do Presídio realizará uma sindicância administrativa para descobrir em que circunstâncias ocorreu o plano e identificar os líderes da ação.
No Juruá, na manhã desta sexta-feira (14), o sistema de segurança estadual, através das polícias Civil, Militar e Penal, está em operação permanente para recapturar todos os 12 presos que fugiram. As operações se concentram na BR-364, que sai de Cruzeiro do Sul e liga a região do Juruá ao restante do Estado.
Outro cuidado também é em relação à fronteira, já que os fugitivos podem escapar para o território do Peru, através da selva. “Mas a recaptura desses foragido, para nós, é uma questão de tempo”, disse Glauber Feitosa, o diretor do Iapen.