Especialistas em roubo de cargas e objetos de valor em poder de entregadores dos Correios, três homens foram condenados pela Justiça Federal no Acre. Um deles, que seria o líder da quadrilha, identificado por Henrique Silva Ferreira, foi condenado a 21 anos de prisão pelos crimes de subtração das mercadorias.
Os bens roubados ainda estavam no interior de veículo da Empresa Brasileira de Correios quando foram atacados em ação criminosa organizada. Num prazo de menos de dez dias, entre 19 a 27 de abril de 2022, o grupo atacou os Correios.
O modus operandi foi sempre o mesmo: com a participação de outras duas pessoas, utilizando um carro alugado – GM Ônix preto – Henrique Silva abordou, com uso de arma de fogo e violência, empregados dos Correios para subtrair mercadorias no interior do veículo da empresa postal.
Na sentença, a Justiça definiu o regime fechado para o cumprimento da pena e também estabeleceu que o condenado não poderá apelar em liberdade.
“Os requisitos da prisão cautelar, especialmente a garantia da ordem pública, foram mais robustecidos ainda com a instrução criminal, considerando o fato de o réu integrar organização criminosa que, reiteradamente, comete roubos com o emprego de armas de fogo, ameaçando a integridade das vítimas potenciais. Ressalto que a ordem pública também restou atingida pela recorrência dos roubos, três em menos de dez dias, que ensejou inclusive indicativo de greve por parte dos Correios, quase impondo a suspensão de todo o serviço de entrega em Rio Branco, capital do estado do Acre”, expôs a decisão judicial.
Os criminosos entravam no veículo assaltado e ordenavam ao condutor o deslocamento a local ermo. Durante o trajeto, as vítimas eram temporariamente privadas da liberdade, mediante ameaças. Após chegar no local, era realizada a transferência da carga para outro veículo (Ônix preto), com a liberação das vítimas.
Os outros dois envolvidos no crime também foram denunciados pelo MinistérioPúblico Federal (MPF), com a condenação de Gabriel Sombra de Andrade e de José Victor Silva de Souza, réu que está foragido.