Diante de uma possível crise, a varejista Marisa traça um plano de reestruturação financeira. A marca deve fechar cerca de 30% das lojas físicas nos próximos três meses. A decisão foi anunciada pelo CEO da empresa, João Pinheiro Batista, durante uma videoconferência de apresentação de resultados, com analistas de bancos e corretoras.
Atualmente, a empresa de moda detém 334 lojas em operação. Ao todo, 90 lojas devem ser fechadas. Até o momento, a varejista já encaminhou o pedido de encerramento de 20 unidades físicas.
“Ainda estamos no início da execução do plano o fechamento das lojas deficitárias. O plano é exatamente ir atacando os custos. É preciso reduzir despesas gerais, administrativas e de vendas”, afirmou o CEO da rede, que assumiu o comando da companhia em fevereiro.
Marisa/Divulgação
A empresa registrou prejuízos neste ano, apesar de ter crescido mais de sete vezes nos últimos três meses. De acordo com João Nogueira, o foco agora está destinado na redução de despesas. Como parte da ação de reestruturação organizacional, a Marisa também prevê o recebimento de R$ 90 milhões do acionista controlador MPagamentos, operação do MBank.
Ainda na conferência, João afirmou que a empresa vai seguir os planos para organizar a casa. A empresa estima que fechar as portas de 90 pontos de venda tem otimização de custo de R$ 50 milhões e capacidade de gerar caixa positivo de R$ 70 milhões por ano, já em 2024.
João Pinheiro Batista também comentou sobre o desempenho das lojas, pontuando que não há um perfil padrão para aquelas que apresentam resultados baixos. Contudo, relatou que diante das lojas situadas em shoppings de grandes cidades e as endereçadas nos interiores tendem a ter um melhor desempenho.
Apesar disso, o executivo afirmou que a estrutura global dos pontos de vendas físicos não sofrerá mudanças significativas em relação à composição atual. A Marisa vai manter uma ampla distribuição geográfica, marcando presença em diferentes cidades e estados brasileiros.