No Dia da Educação, Marina relembra que aprendeu a ler e a escrever aos 16 anos

Alfabetizada aos 16 anos de idade, a acreana e ministra do Meio Ambiente, Marina Silva rompeu barreiras e ocupou os espaços mais importantes da política mundial. Considerada pelo The Guardian, principal jornal da Inglaterra, uma das 50 pessoas que podem salvar o planeta, Marina encontrou na educação a maneira de mudar a realidade em que era inserida.

Nascida no Seringal Bagaço, em Xapuri, terra do líder ambientalista Chico Mendes, Marina começou a trabalhar aos 10 anos de idade para ajudar a pagar as dívidas da família feitas com os seringalistas da comunidade. 

Aos 15 anos, Marina precisou ir até a capital do Acre, Rio Branco, para tratar de uma hepatite. Sem saber ler e nem escrever, ainda na adolescência, começou a trabalhar como empregada doméstica e se matriculou no extinto Mobral, o Movimento Brasileiro de Alfabetização, criado para ajudar na alfabetização de jovens e adultos.

Com a educação como instrumento de transformação social, Marina conseguiu se graduar em História, na Universidade Federal do Acre (Ufac), ainda na década de 80. A acreana se tornou professora na rede de ensino secundário do Estado.

Atualmente uma das lideranças mais importantes da questão ambiental no mundo, Marina publicou um vídeo antigo nas redes sociais, em que relembra a importância que as oportunidades iguais têm na vida dos brasileiros. O vídeo foi postado para comemorar o Dia Nacional da Educação Brasileira.

“Imagina ter uma escola que é igual do filho do rico ao filho do pobre. A gente pode ser até diferente na roupa que a gente veste, na casa que a gente mora, naquilo que a gente come. Mas aqui dentro [da cabeça], todo mundo é inteligente. E se a escola for boa pra todo mundo,  a gente muda a realidade do povo”, disse a ministra.

Veja o depoimento:

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