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PF desmonta quadrilha que movimentou R$ 37 milhões no Acre; empresário é envolvido

Por Tião Maia, ContilNet

Um esquema profissional de lavagem criminosa de dinheiro que movimentou pelo menos R$ 37 milhões através do disfarce de venda de estivas em geral num mercado da cidade – cujo nome não  foi revelado -, foi desvendado pela  Polícia Federal em operação deflagrada nesta quarta-feira (27).

A operação, batizada de Tricoat II, teve a  finalidade de investigar organização criminosa dedicada à lavagem de dinheiro oriunda do tráfico de drogas interestadual.

A execução foi a partir da mobilização de 101 policiais federais, em 7 unidades da federação (Acre, Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Maranhão, Amazonas, Pará e Piauí). Foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão. Duas pessoas foram presas.

De acordo com a Polícia Federal, a investigação teve início em janeiro de 2022 e revelou um esquema profissional responsável pelo envio de drogas para estados, principalmente, da região nordeste por meio terrestre, bem como apurou a realização de lavagem de dinheiro oriundo da conduta criminosa.

Para lavar o dinheiro proveniente das atividades criminosas, um núcleo – liderado por um empresário acreano – se utilizava de um Mercado sediado em Rio Branco, a fim de simular um funcionamento regular do estabelecimento para justificar os valores e bens obtidos com o lucro do tráfico interestadual de drogas.

Os investigados movimentaram mais de 37 milhões de reais em suas contas bancárias durante o período apurado, grande parte através de transações em espécie. Foi autorizado pela Justiça o bloqueio de contas, sequestro de imóveis, terrenos, itens de luxo, bem como carros.

Os investigados serão indiciados pelos crimes de integrar associação criminosa para o tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e tráfico interestadual de drogas, cujas penas somadas podem chegar a 33 anos de prisão. O nome da operação faz referência a técnica de pintura automotiva em três camadas, em que uma dessas camadas é perolada, normalmente da cor branca.

A cor branca e o aspecto perolado remetem à aparência da cocaína que era transportada pelo grupo, e o fato de ser uma pintura automotiva faz alusão ao principal meio de transporte utilizado pelo grupo para o tráfico, veículos automotores.

O trabalho foi desenvolvido e está sendo analisado pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal. A Polícia Federal concedera entrevista na sede do órgão em Rio Branco, a partir das 9 horas, para mais informações.

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