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Rondônia registra aumento de desmatamento de 450% em um mês

Por Tião Maia, ContilNet

Foto: Reprodução

Apontado como exemplo de desenvolvimento por defensores do agronegócio, o Estado de Rondônia, vizinho ao Acre, foi o que mais sofreu com a onda de devastação florestal registrada no país no mês de março deste ano, que aumentou consideravelmente segundo o monitoramento do Instituto do Homem e do Meio Ambiente (Imazon). De acordo com os números, Rondônia registrou alta de 450% em relação ao desmatamento comparado a março de 2022.

O levantamento mostra que a derrubada passou de 4 km² para 22 km², ou seja, uma perda de floresta de quase seis vezes mais. O estudo revela ainda que o cenário para Rondônia é mais crítico quando se trata de unidades de conservação. No ranking das 10 reservas mais desmatadas, quatro são de Rondônia.

Na terceira, quarta e quinta colocação estão a Resex Jaci Paraná (2 km²), a Resex Rio Preto-Jacundá (1 km²) e o PES de Guajará-Mirim (0,4 km²), respectivamente. A Resex Angelim (0,3 km²) aparece em sétimo. De acordo com o monitoramento, os quatro territórios perderam juntos, o equivalente a 370 campos de futebol de floresta em março.

O cenário é mais crítico na análise de toda a Amazônia. Os primeiros meses deste ano registraram mais de 800 km² de desmatamento. Isso equivale aproximadamente mil campos de futebol por dia de mata nativa.

Segundo o monitoramento do Imazon, essa destruição só não foi maior do que a registrada em 2021, quando foram postos abaixo 1.185 km² de floresta de janeiro a março.

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