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Acre muda classificação de tendência de novos casos de hanseníase

Por Maria Fernanda Arival, ContilNet

O Ministério da Saúde divulgou na última semana uma nova edição de Boletim Epidemiológico, desta vez com um panorama completo sobre a tendência temporal de casos novos de hanseníase no Brasil entre 2010 e 2021.

No último ano do estudo, 140.594 casos novos foram reportados em todo o mundo, com o Brasil ocupando a segunda posição do ranking e notificando 18.318 novos casos (13%) à Organização Mundial da Saúde (OMS).

Foto: Ilustrativa

Entre os 11 anos que o estudo mostra, o Brasil diagnosticou um total de 337.935 casos novos. Apesar de ser um número relativamente alto, é observada uma queda neste no período. Em 2010, havia 19 casos por 100 mil habitantes, e em 2021 o número ficou em 10 casos por 100 mil habitantes.

O Acre, junto com os estados de Pernambuco e Ceará, teve uma alteração na caracterização de detecção da taxa, que saiu de muito alta, em 2010, para alta em 2016 e seguiu desta maneira até 2021, o último ano do levantamento.

Foto: Ministério da Saúde

Os dados da pesquisa estão divididos entre os casos gerais e os acometidos pela enfermidade abaixo de 15 anos. Para analisar os casos do quadro geral, foram levadas em conta a morbidade, a magnitude e a tendência.

Já para os menores de 15 anos, além desses dois últimos fatores, foi medido  também a força da transmissão recente da doença. Nesta caracterização de taxa, Acre, junto com Pará, Pernambuco, Piauí e Rondônia saíram de um parâmetro hiperendêmico em 2010, para alto em 2021.

Foto: Ministério da Saúde

O que é hanseníase?

A Hanseníase é uma doença crônica, milenar e cercada de estigmas. Por muito tempo foi tratada de forma extremamente desonrosa e desumana. Apesar dessas circunstâncias, a doença possui tratamento desde 1980. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde do Acre (Sesacre), por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), no ano de 2022, foram apresentados 117 novos casos de hanseníase e 17 casos recidivos.

A doença, que é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, é transmitida por meio de saliva (fala, tosse e espirro) e em contatos próximos com pessoas doentes que ainda não iniciaram tratamento e estão em fases adiantadas da doença.

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