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Acre tem o maior percentual de pessoas sem energia, diz pesquisa

Por Rebeca Martins, ContilNet

A pesquisa “Sistemas Fotovoltaicos da Amazônia Legal” articulada pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), aponta que quase 1 milhão de pessoas na Amazônia Legal, não têm acesso público à luz elétrica, incluindo o estado do Acre, localidade que se destaca nos percentuais, sendo as áreas mais carentes as terras indígenas, territórios quilombolas, assentamentos rurais e ribeirinhos.

A universalização da energia elétrica da região Norte, é uma temática que vem sendo amplamente debatida e que inclusive, já tem programas que visam a ampliação desse sistema para os locais de difícil acesso, no entanto, as defasagens dessas políticas, tem atrasado cada vez mais sua chegada à população, atualmente, são 990 mil pessoas sem energia elétrica na Amazônia Legal.

Foto: Reprodução

Em 2020, o governo instituiu o Programa Nacional de Universalização do Acesso e Uso da Energia Elétrica na Amazônia Legal – Mais Luz para a Amazônia (MLA), com o objetivo de levar energia para 219.221 pontos até 2022, incluindo não somente residências, como também instituições de ensino e postos de saúde. Apesar disso, ao fim do prazo previamente estipulado, apenas 5% da meta havia sido cumprida, com o cenário, o prazo do programa foi adiantado até 2030.

A Amazônia Legal é formada pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão. Dessas nove unidades da federação, o Acre se destacou, com o maior percentual de pessoas sem energia em relação ao total da população do estado (10%), são cerca de 17 mil pontos sem energia elétrica. É o Pará, contudo, com a maior demanda de pessoas sem acesso ao serviço público de energia elétrica, com quase 155 mil pontos, seguido pelo Amazonas (33 mil).

Foto: O Globo

A estimativa de custo do Mais Luz para a Amazônia, gira em torno dos R$10 bilhões, ademais, o programa também tem o adendo de que essa demanda precisa ser atendida por energia renovável. Para a região, a energia solar via painéis fotovoltaicos é a que ganhou notoriedade. As duas opções são o atendimento individual, que contempla casas ou postos de saúde com um sistema próprio e a outra prevê uma minirede de geração, com uma pequena usina e uma pequena rede de distribuição de energia para a comunidade.

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