Amigos do empresário Marcos Ferreira da Costa, de 42 anos, que morreu com um tiro disparado pela Polícia Militar, no último sábado (6), após, supostamente, ter atirado contra uma travesti, demonstraram indignação com a sua morta durante o velório.
De acordo com os amigos do empresário, a história relatada pela polícia não seria verdadeira. Durante o velório, alguns dos presentes questionaram a ação da PM.
“É uma coisa que não tem pé nem cabeça. Marcos era o tipo de pessoa que nem palavrão falava. Como é que um tiro pega de cima para baixo se foi troca de tiros? Como é que a polícia diz que ele estava atirando para trás? Ele foi executado. A gente quer a verdade. Colocar o fim da vida como se o cara estivesse fugindo da polícia, procurando uma garota trans de programa é acabar com a honra da pessoa”, questionou o empresário Mauro Santin.
Mauro disse, ainda, que Marcos teria sido executado. “Ele foi executado, eu não tenho dúvidas. A população que não conhece, acredita que era um vagabundo, mas olha a quantidade de empresários presentes. Aqui, deve ter 60% dos empresários do ramo do agronegócio do Acre, se fosse um vagabundo essas pessoas estariam aqui?”, questiona Mauro Santin.
Outras pessoas disseram que a morte do empresário teria acontecido por conta de falha da polícia e que a história contada pela PM seria uma farsa. Os amigos afirmaram que irão procurar a verdade para que o caso seja esclarecido.
Conforme o relatado pela Polícia Militar, Marcos Ferreira foi morto pela PM após ter atirado 7 vezes contra uma travesti nas proximidades do Estádio Arena da Floresta. De acordo com o relatado no Boletim de Ocorrência, viaturas foram acionadas para atender o caso e ao encontrarem o veículo em que ele estava, Marcos teria desobedecido à ordem de parada e teria feito disparos contra os PMs. Os policiais revidaram e um dos tiros atingiu o empresário.