Após reportagem, advogada se manifesta sobre acusações e registro na OAB

A advogada enviou uma nota explicando sobre a acusação de entrar com telefone em presídio no Acre

Após o ContilNet expor que advogados no Acre acusados de cometer crimes e que continuam com o registro da OAB ativo, a advogada Vania do Nascimento Barros, um dos casos checados pela reportagem, enviou uma nota explicando a situação.

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Sede da OAB/Foto: divulgação

Vania teria entrado no ano passado no Presídio de Sena Madureira, com um celular, que seria entregue a um detento. Na nota, a advogada informa que foi vítima ao ser enganada pela família do preso e entrado no presídio sem saber que portava o aparelho.

DIREITO DE RESPOSTA

Em atenção a noticia que circula em nosso Estado, divulgada em sites/jornais, o qual descrevem que esta advogada signatária teria sido flagrada entrando em um presidio com celular irregularmente, no dia 27 de setembro de 2022, me manifesto, como direito a resposta que: 

É de praxe que os advogados criminalistas, em situações em que a família tem dificuldade de acesso ao preso, como no caso ocorrido, levar aos presos materiais de higiene e de limpeza que necessitam. 

No dia 27 de setembro de 2022 fui contratada para uma diligência, junto ao Presidio de Sena Madureira/AC, pela família de um recluso, o qual foi me pedido para levar produtos de uso pessoal higiene e limpeza. Ao receber o material não foi observado, por mim, nenhuma irregularidade deixada pelo idoso pai e ora contratante, informando inclusive que quem teria comprado o material teria sido sua esposa, mãe do reeducando, por confiança na família e por exercício da minha profissão, bem como por se tratar de pessoas idosas e “evangélicas” é que levei o material. Frise ainda que, tanto o reeducando como o genitor, ora contratante o senhor JOSE IDELFONSO DA SILVA NETO, são meus clientes de longas datas, assim, existiam um elo de confiança. 

Diante disso, após o deferimento do Diretor do Presidio na entrega do material e ter falado com o cliente, permaneci e acompanhei a revista, o que demostra total desconhecimento do ilícito e boa-fé desta profissional, se realmente soubesse que existia material ilícito escondido no material, jamais teria aceitado realizar a entrega, ao passo que, por total desconhecimento do produto ilícito escondido dentro de uma escova de lavar roupas, permaneci no local e fiz questão de acompanhar a vistoria. 

Fato este que demonstra minha total boa-fé na situação, o qual me torna assim vítima de uma situação de engano por uma família que tinha confiança, mas que pelo contrário me enganaram ao me dar um material que não era lícito. 

Atuo mais de 10 (dez) anos na área jurídica, seja em órgãos públicos, ou na própria advocacia e nunca me envolvi com situações desse tipo, pelo contrário, minha conduta sempre foi de HONESTIDADE, JUSTIÇA. 

Em nenhum desses anos, cometi algo que pudesse ferir minha conduta, sempre atuei dentro dos ditames legais e morais, sempre em atenção não só a legislação, mas meus próprios princípios de éticas morais e caráter. 

No mais, informo que todas as medidas legais já estão sendo tomadas para a comprovação de minha boa-fé. 

Sem mais, me coloco a disposição para qualquer esclarecimento. 

Atenciosamente, 

Vania Barros 

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