Ataque de piranhas deixa oito feridos em balneário; veja o caso

Episódio aconteceu no Balneário da Vovó, localizado no bairro da Tarumã, zona Oeste de Manaus

Pelo menos oito pessoas ficaram feridas após serem atacadas por piranhas em um balneário no Tarumã-Açu, Zona Oeste de Manaus. O fato ocorreu durante o feriado do Dia do Trabalhador nesta segunda-feira (1º).

A universitária Adaiany Monteiro foi uma das vítimas. Ela afirmou ao g1 que estava brincando de vôlei dentro do igarapé com alguns familiares e amigos, quando foi atacada.

“Senti um “choque” no meu calcanhar, até achei que era o poraquê [peixe que emite cargas elétricas]. Quando saí, vi que algumas pessoas estavam falando sobre piranhas e mordidas. Reparei no meu pé e vi a marca da mordida”, relatou.

g1 Amazonas entrou em contato com os responsáveis pelo balneário para pedir esclarecimentos sobre o ataques de piranhas. Mas até o momento, não obteve resposta.

Prevenção a ataques

Em caso de ataque de piranha, o médico Romes Proença, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), orienta que o banhista saia da água, lave o ferimento e procure atendimento médico.

“A primeira conduta ao ser atacado é sair da água e tentar sinalizar o mais rápido possível o acidente para que outras pessoas não se acidentem”, disse.

Pé enfaixado de uma das vítimas do ataque de piranhas no balneário em Manaus — Foto: Divulgação

Pé enfaixado de uma das vítimas do ataque de piranhas no balneário em Manaus — Foto: Divulgação

O médico alerta, ainda, que o ferimento deve ser lavado apenas com água.

“Não se passa detergente, mertiolate, pasta de dente e nenhum outro produto. Você pode comprimir o local com gaze, alguma toalha ou algum pano limpo para evitar sangramentos e levar a unidade de saúde o mais rápido possível. Não procurar assistência aumenta o risco de tétano e infecção”, disse o médico.

Alimentos nos rios podem atrair animais

A explicação, segundo o engenheiro de pesca Daniel Bevilaqua, é que o igarapé Tarumã-Açu possuiu diversos flutuantes com restaurantes que servem comidas. Na ocasião, visitantes podem estar lançando alimentos nas águas, o que acaba atraindo animais.

Os banhistas conseguiram capturar algumas piranhas que estavam no local do ataque — Foto: Reprodução

Os banhistas conseguiram capturar algumas piranhas que estavam no local do ataque — Foto: Reprodução

“Muitas das vezes, nesse ambiente onde o alimento está sendo descartado próximo dos flutuantes, banhistas ocupam esse espaço no período diurno, onde a incidência de sol é quando a piranha tem maior atividade alimentar. Como a piranha está se alimentando naquele ambiente, ela acaba tendo que proteger essa área. Muita das vezes, o homem está se banhando e acaba sendo atacado, não por ser um item alimentar da piranha, mas por estar invadido o espaço que ela está usando para se alimentar”, explicou o engenheiro de pesca Daniel Bevilaqua.

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