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Auxiliares de necropsia cobram adicional de insalubridade; deputados ouvem a categoria

Por Lamlid Nobre, ContilNet

Um grupo de auxiliares de necropsia da Polícia Civil do Acre e membros do Sindicato da categoria (Sinpol) estiveram na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac) nesta quarta-feira (17), para cobrar ao Estado o pagamento de adicional de insalubridade.

Após o grande expediente da sessão legislativa, o plenário foi aberto aos representantes e a auxiliar de necropsia, Hálica Kaialy, subiu à tribuna para falar em nome da categoria e pedir o apoio dos parlamentares no sentido de que o Legislativo requeira ao governo cumprimento de pareceres já existentes em favor do pagamento. São 23 auxiliares de necropsia no quadro da Polícia Civil que deveriam estar recebendo o adicional.

“Já existe o parecer favorável da Polícia Civil, da PGE [Procuradoria Geral do Estado] e da Sefaz [Secretaria de Estado de Fazenda] desde dezembro do ano passado. Nosso adicional está na folha de pagamento parado desde o ano passado, tivemos reunião com vários setores que nos deram pelo menos três datas que não foram cumpridas e até agora nada. Nós estamos realizando atividades que nem nos competem, que nem se quer temos treinamento para exercermos e não estamos sendo reconhecidos por isso, pois reconhecimento não é apenas tapinhas nas costas, mas, sim, valorização dos servidores. Nós temos esse direito a esse adicional que deveria inclusive ser óbvio e estamos lutando para recebermos. Pedimos que vocês nos ajudem”, apelou a servidora.

O deputado Emerson Jarude (MDB) foi quem levantou a questão de ordem para que os auxiliares fossem recebidos no plenário da Aleac e ouvidos pelos parlamentares presentes. Ele fez duras críticas ao governo do Estado pela demora em resolver o problema e solicitou que a mesa diretora oficialize a cobrança ao Poder Executivo.

“É impressionante a lentidão do governo em situações como esta. O pagamento já é direito desses trabalhadores, adquirido em pareceres favoráveis, que inclusive, dizem que deve ser pago retroativo, mas, infelizmente existe toda uma burocracia, toda uma dificuldade em torno da questão”, enfatizou o deputado.

O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), líder da oposição, também saiu em defesa dos servidores e pediu pagamento imediato do benefício. “Do ponto de vista administrativo, o governo decidiu que eles tem direito e o pagamento deveria ter sido feito em dezembro. Esses auxiliares, estão a depender de entrar na folha de um processo concluso. O apelo que eu faço é que se pague, inclusive com retroativo ao mês de janeiro. Espero que saia desta Casa logo após esse encontro, o pedido imediato de pagamento”, disse

Ao final, o presidente da Aleac em exercício, deputado Pedro Longo (PDT) assegurou que a Mesa Diretora enviará um ofício ao governo do Estado solicitando o pagamento imediato do benefício.

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