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Bilionário e em expansão, e-sport pode ser o próximo Tik Tok

Por O Globo

Nicolle Merhy, CEO do Black Dragons, e Bruno Bittencourt, CEO da Laoud, durante conferência no Web Summit Divulgação

Os jogos eletrônicos, que surgiram como uma mera diversão na década de 1970, viraram coisa séria. E hoje, também conhecidos como e-sports, se consolidaram como um mercado bilionário e ainda em crescimento.

Prova disso foi a resposta de Gail Heimann, CEO da Weber Shandwick — uma das maiores agências de comunicação do mundo —, quando perguntada qual será o próximo Tik Tok. Citando a série de TV “The Last of Us” — baseada na franquia de jogos de videogame de mesmo nome —, ela disse acreditar que virá dos jogos eletrônicos e dos seus mais de três bilhões de espectadores e jogadores essa resposta.

A profissionalização das empresas envolvidas no ecossistema gamer tem potencializado negócios em todo o mundo. Nicolle Merhy, que começou sua carreira sendo jogadora e hoje é CEO do Black Dragons — um dos maiores times de e-sports do país — , destaca que o mercado está na curva de crescimento, principalmente nas áreas de bastidores, como marketing e parte jurídica:

— Acho que a gente está nesse momento de profissionalizar e cuidar do diamante que a gente tem nas mãos. Profissionais de big techs e grandes empresas estão migrando.

Uma dessas profissionais “importadas” é Roberta Coelho, hoje CEO do MIBR — uma das equipes nacionais mais tradicionais no mundo dos games. Ela conta que uma das principais oportunidades de receita no mundo dos e-sports é os fãs.

— Nossa principal receita é com patrocinadores, mas a segunda é com nossos fãs. Olhar para o fã é olhar para nossa comunidade e entregar a melhor experiência possível — diz Roberta, que é complementada por Nicolle:

— Nossos fãs vieram da era digital, nasceram do eletrônico. Então, a gente não tem que ensiná-los a entrar nas redes sociais, engajar, comentar, consumir. Estamos à frente de algumas empresas que precisam ensinar isso.

Com comunidades numerosas, fortes e participativas, o CEO da Laoud, Bruno “PlayHard” Bittencourt, diz que hoje busca “resolver os problemas de sua comunidade”:

— A partir da Loud, surgiram sete empresas e 350 pessoas na operação. No futuro, muitos problemas vão aparecer, e as soluções vão envolver muitas vezes novas tecnologias. E vamos sempre tentar dar um passo à frente nas unidades de negócio que podem resolver esses problemas, agregando valor no final do dia. É isso que o cliente, o gamer, quer.

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